Da Redação
O governador Ratinho Jr. se reuniu nesta terça-feira (12), em Dubai, com representantes da Cdial Halal, certificadora que atua na América Latina credenciada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes Unidos e do Golfo Pérsico e referência global em certificação Halal. O selo atesta a qualidade da produção, da confiabilidade, da rastreabilidade e do cumprimento dos requisitos de segurança em todo o seu processo, desde a matéria-prima à armazenagem e transporte, no caso de produtos. A certificação abrange o mercado de alimentos, fármacos/cosméticos, turismo, vestuário, entre outros.
Com ela, as empresas paranaenses poderão começar a explorar novos mercados ao exportar para diferentes países islâmicos, como Arábia Saudita, Indonésia, Bangladesh, entre outros. O encontro foi resultado de uma articulação da Invest Paraná e da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). A entidade tem como missão oferecer ao consumidor muçulmano produtos e serviços com certificação que respeitam as tradições do Islã.
A certificação Halal é reconhecida em mais de 150 países e o mercado movimenta quase US$ 3 trilhões por ano. O Paraná tem uma das maiores expertises do Brasil no sistema, com apoio da Cdial. Atualmente, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), são 31 plantas habilitadas para abate de frango com o método produtivo que respeita as crenças do consumidor muçulmano. O estado é o maior exportador de proteína Halal do Brasil, considerando o embarque conjunto de derivados de aves e bovinos. Apenas para o mundo árabe, as empresas paranaenses exportaram entre janeiro e setembro deste ano US$ 618,1 milhões.
O governador reiterou na reunião que o Paraná é o maior produtor de frangos do país e está recebendo investimentos bilionários da iniciativa privada nesse setor. “Nós tínhamos uma meta de atrair US$ 8 bilhões em quatro anos. Até agora, já computamos US$ 16 bilhões de novos investimentos. No mercado de alimentos, o Paraná tem qualidade sanitária reconhecida internacionalmente, capacidade para produzir conforme as exigências do mundo árabe e um sistema cooperativista articulado para encontrar novos mercados”, disse Ratinho Jr.
Segundo Ali Ahmad Saifi, sócio-administrador da Cdial, com a articulação da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e o histórico do Paraná na cadeia de alimentos, o objetivo da aproximação é desenvolver parcerias em outras atividades econômicas. Dentre os produtos que recebem a certificação, o setor com maior movimento de receita é o de alimentos e bebidas, responsável por 58% do faturamento global, mas vestuário, chocolates, produtos de padarias e refeições congeladas estão ganhando mais espaço. Ela também pode ser aplicada a qualquer categoria de empresa, inclusive serviços de alimentação (hotéis e restaurantes), transporte, indústria têxtil, química e bioquímica, embalagens, produtos de longa vida, dentre outros.
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Turismo
No encontro também foi assinado um protocolo de intenções entre a Cdial, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e a prefeitura de Foz do Iguaçu para viabilizar a capacitação de estabelecimentos turísticos do município em serviços halal, voltados às tradições da cultura muçulmana. A ideia é que a cidade seja um polo atrativo para os países árabes e uma das primeiras do Brasil com serviços preparados para esse público.
“Foz do Iguaçu tem uma das maiores comunidades árabes do Brasil e é um dos destinos turísticos mais importantes do país. Queremos atrair cada vez mais turistas estrangeiros ao Paraná e a Cdial vai ajudar a prefeitura na certificação”, disse Ratinho Jr. Participaram do encontro em Dubai o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Osmar Vladimir Chohfi, e diversos empresários locais.
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