Paraná começa a receber primeiros pesquisadores do Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianos

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Da Redação

Paraná começa a receber primeiros pesquisadores do Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianos
Svetlana Gerasimenko é uma das cientistas ucranianas que chegará ao Brasil. Ela será recebida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Medianeira. (Foto: Fundação Araucária)

Até o final de junho, três cientistas ucranianos deverão chegar ao estado para dar continuidade aos seus estudos e compartilhar conhecimento com os pesquisadores paranaenses. Dois irão para a Universidade Estadual de Londrina e um para a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Medianeira. O foco desta iniciativa, chamada de Programa de Acolhida a Cientistas Ucranianos, é o acolhimento humanitário e a integração desses profissionais na comunidade paranaense.

A ucraniana Svetlana Gerasimenko é uma das cientistas que chegará ao Brasil até o final do mês e será recebida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Medianeira. Ela é doutora em astrofísica e mora em Kiev, capital da Ucrânia, com o marido e dois filhos. “É uma grande oportunidade para mim e para minha família. A situação está muito ruim aqui na Ucrânia. Agradeço muito esta chance de recomeço que o Paraná está nos proporcionando”, diz ela emocionada.

Anunciado em março pelo Governo do Paraná – por meio da Fundação Araucária e da Superintendência Geral da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – o programa conta até agora com 15 inscrições de pesquisadores que já tiveram seus planos de trabalho aprovados. Esses 15 cientistas ucranianos serão distribuídos entre as universidades: Unila, Unicentro, UEL, UTFPR, UENP, PUCPR, Unioeste, UEM e IFPR. Eles desenvolvem pesquisas nas áreas da educação, tecnologia da informação e comunicação, saúde, política criminal, energias renováveis, engenharia elétrica, economia, entre outras. A duração do programa é de 24 meses.

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O investimento total no projeto foi de R$ 18 milhões e conta com o apoio de instituições parceiras acadêmicas, governamentais e de diversos outros segmentos tanto nacionais quanto internacionais, com a missão principal de localizar cientistas ucranianos para que tenham acesso, conheçam e sintam vontade em aderir ao programa. “O objetivo principal desta iniciativa é humanitário. Nós temos condições de aprender com eles e eles de aprender conosco. Então é uma forma de promover a internacionalização da ciência por meio da parceria de pesquisadores”, diz Ramiro Wahrhaftig, presidente da Fundação Araucária.

Dos 15 pesquisadores selecionados, 14 são cientistas que possuem mais de cinco anos de experiência em pesquisa e por isso receberão uma bolsa no valor de R$ 10 mil cada durante os 24 meses de duração do programa. O outro cientista possui menos de cinco anos de experiência e entra na categoria de pesquisador visitante especial 2, com bolsa no valor de R$ 5.550,00. Desse total de pesquisadores, sete receberão também o auxílio complementar de R$ 1.000,00, pois possuem dependentes abaixo de 18 anos ou acima de 60 anos.

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