Paraná ganha a primeira plataforma de telemedicina com prescrição de canabidiol (CBD)

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Joice Cunha, pós-doutora na University of California San Diego (EUA) e University of Maastricht (Holanda), professora e pesquisadora do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná. (Foto: Divulgação).

O Anuário da Cannabis Medicinal 2023 mostrou que o uso da substância para tratamento de saúde cresceu 130% em apenas um ano no Brasil. O documento mostra que 430 mil pacientes conduzem tratamentos à base de cannabis medicinal e as estimativas apontam que, em 2024, o mercado da cannabis irá atingir R$ 1 bilhão no país. De olho neste mercado, a Clinabs chega ao Paraná como a primeira plataforma de telemedicina integrativa com foco em uma abordagem de saúde onde cada paciente recebe cuidados personalizados e baseados em evidências e prescrição de canabidiol (CBD). “São cardiologistas, clínicos gerais, neurologistas e uma variedade de outras especialidades, que incluem em suas práticas clínicas, quando necessário, a prescrição do CBD – um componente da cannabis medicinal usado para diversos tratamentos, como epilepsia, câncer, depressão, ansiedade e muitos outros”, completa Joice Cunha, pós doutora na University of California San Diego (EUA) e University of Maastricht (Holanda), professora e pesquisadora do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná desde 2009.

Os dados do anuário sugerem um mercado em franca expansão. “Faz sentido que a cannabis medicinal seja vista como a bola da vez na medicina. As pessoas tem cada vez mais acesso ao tratamento e uma compreensão que cresce a cada dia sobre seu potencial na área da saúde”, afirma Joice Cunha, pós-Doutorada na University of California San Diego (EUA) e University of Maastricht (Holanda), professora e pesquisadora do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná desde 2009.

Lançada recentemente, a Clinabs oferece acesso fácil e intuitivo para a realização das consultas. Em atendimento, o médico faz um plano personalizado para cada paciente, com análise de histórico de saúde, sintomas recentes e estilo de vida.  Após as avaliações os médicos conseguem diagnosticar a combinação de canabinoides e qual fórmula de apresentação melhor se encaixa no tratamento como, por exemplo, gel, pomada, óleo, bala de goma. A última edição do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos (ELSI-Brasil), financiado pelo Ministério da Saúde, aponta que as dores crônicas fazem parte do cotidiano de 36,9% dos brasileiros com mais de 50 anos. Desses, 30% usam opioides para aliviar o problema. 

Mas, de acordo com a revista científica The Lancet, o uso de opioides é considerado uma preocupação para os médicos. Em países como os Estados Unidos e o Canadá, onde o uso prescrito desses medicamentos é elevado, há também uma alta do uso indiscriminado que provocam transtornos e casos de overdose. Só nos EUA, de acordo com a revista, em 2020, mais de 68 mil mortes ocorreram por overdose desses fármacos. Além disso, o uso contínuo de analgésicos provoca efeitos colaterais para o aparelho digestivo e para os rins e, no caso de anti inflamatórios, o corpo se acostuma.

Uma alternativa segura e eficaz para episódios de dor é o uso da cannabis medicinal. Isso porque o CBD e o THC, encontrados na cannabis, estimulam os receptores canabinóides CB1 e CB2 no corpo, e trabalham dentro do sistema endocanabinóide para reduzir a frequência dos sintomas, proporcionando alívio das dores. “Há muitas evidências científicas a respeito da aplicação e eficácia da cannabis medicinal para alívio de dores. E isso faz com que o interesse da população a respeito do tema aumente simultaneamente”, afirma Joice Cunha.

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