Se não forem tomadas as medidas necessárias, em 2050, haverá mais plástico do que peixes no mar, segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial. O consumo excessivo de produtos descartáveis tem afetado o ecossistema marinho e causado a morte, e até a extinção, de muitas espécies que são afetadas tanto pelos itens que boiam e são ingeridos, quanto pelo microplástico que é absorvido pelos organismos.
Como solução para este problema, as embalagens biodegradáveis ganharam mercado como alternativa sustentável para substituir o uso do plástico. Nesse cenário, Paulo Bonet, presidente da Bonet Madeiras e Papeis, anuncia que a empresa catarinense vai implantar no Paraná a maior indústria verticalizada de copos biodegradáveis da América Latina. O local da construção deverá ser em uma cidade da Região Metropolitana de Curitiba a ser definida.
“Há 75 anos, nossa empresa produz soluções sustentáveis e, agora, queremos impactar o mercado brasileiro de produtos biodegradáveis com esta indústria inovadora. Com a fábrica verticalizada, vamos ter controle 100% de todo o processo de produção, desde a geração da energia com fontes renováveis, a fabricação do papel com madeira de reflorestamento, a aplicação de resinas biodegradáveis, que são uma solução sustentável para a substituição ao uso do polietileno, até a impressão com polímeros que não agridem o meio ambiente”, diz o empresário.
A nova fábrica terá investimento de cerca de R$ 15 milhões. Para a montagem da indústria estão sendo importados maquinários específicos e também negociados com fornecedores brasileiros. Além de copos, serão fabricados também embalagens para empresas mundialmente conhecidas, como McDonald’s, Burger King e Red Bull.
A verticalização vai impactar, nos próximos três anos, no aumento de até 300% no faturamento da Bonet, que já registra crescimento acentuado nos últimos anos. Em 2022, se comparado a 2021, o incremento foi de 89% e, se comparado a 2020, foi de 135%. Atualmente, a empresa produz mais de 200 toneladas de papel cartão feitos a partir de madeira de reflorestamento que podem ser utilizadas na produção de copos e embalagens. Com a verticalização, passa a ter capacidade de produzir até 2,5 mil toneladas de itens biodegradáveis.
Além da preocupação com as questões ambientais, Paulo Bonet avalia pessoalmente cada detalhe da produção das embalagens para que elas não modifiquem as características sensoriais dos líquidos e alimentos durante o armazenamento. “Possuímos certificações que atendem as exigências de pré e pós-consumo e, para atingir esse nível de excelência na criação de um novo produto, realizamos inúmeros testes, que vão desde o aquecimento no micro-ondas até se a embalagem possui proteção para que a gordura não escorra”, afirma.
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