Paraná vai receber bebês prematuros de Manaus: 25 leitos estão disponíveis

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Da Redação

O Paraná sinalizou com a possiblidade de receber 25 bebês prematuros de Manaus. (Foto: Divulgação)

A Secretaria de Saúde do Paraná preparou 25 leitos de UTIs para receber os bebês prematuros internados em hospitais públicos de Manaus, que correm risco de morte, por conta da falta de oxigênio causada pelo colapso após as internações recordes por Covid-19, no Amazonas.

Foram disponibilizados 10 leitos no Hospital Infantil Waldemar Monastier e 15 no Hospital do Rocio, ambos de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Os pais dos recém-nascidos serão responsáveis pelas autorizações para as transferências e terão o direito de acompanhar os filhos durante os voos que estão sendo planejados.  

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Pelo menos 60 bebês prematuros vão precisar ser transferidos de Manaus para outros estados, por correrem o risco de ficar sem oxigênio nas utis. A notícia causou comoção nas redes sociais e a foto de um profissional de saúde emocionado com a situação, é uma das mais compartilhadas pelos usuários do Facebook e do Instragram.  

A foto de Bruno Kelly/Reuters mostra a emoção de um profissional da saúde em Manaus e viralizou na internet. (Foto: Reprodução Instagram)

Associação Médica Brasileira manifesta preocupação

Nota da Associação Médica Brasileira sobre o colapso da saúde no estado do Amazonas

A Associação Médica Brasileira torna pública sua solidariedade com a população, os médicos e demais profissionais de saúde de Manaus e de todo o estado do Amazonas. O sistema local está em colapso e com gravíssimos problemas, como falta de leitos, de cilindros de oxigênio e de equipamentos imprescindíveis ao tratamento dos pacientes com Covid-19.No intervalo de uma semana, a média móvel de casos aumentou 85,3% em Manaus. Aliás, apenas nas últimas 24 horas, houve a confirmação de 3.816 novos casos no Estado. Só em Manaus, foram 2.516 novas infecções. Números recordes desde o início da pandemia. A AMB está acompanhando com atenção e muita preocupação o andamento desta trágica situação dos nossos conterrâneos amazonenses. Entendemos ser nosso dever orientar os médicos a se pautarem pelas melhores evidências científicas e para que não adotem, mesmo nesta situação desesperadora, tratamentos que não tenham a devida comprovação científica até presente momento. A Associação Médica Brasileira também conclama os cidadãos amazonenses a se unirem à classe médica, que desde o princípio da pandemia está na linha de frente colocando muitas vezes a própria vida em risco, para garantir assistência à população. Por outro lado, é imperioso que os governantes legalmente constituídos e as autoridades públicas de saúde assumam sua responsabilidade nesta grave crise sanitária, disponibilizando imediatamente para hospitais os cilindros de oxigênio, conforme solicitam em ação já ajuizada o MPF (Ministério Público Federal), a DPU (Defensoria Pública da União), o Ministério Público do Estado do Amazonas, a Defensoria Pública do Estado do Amazonas e o Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas. Conclamamos por providências urgentes com aumento de leitos, com hospitais de campanha e com a garantia de todos as demais necessidades que se façam obrigatórias para o tratamento da Covid-19.Por fim, legitimada por representar todo movimento médico associativo e em cumprimento a sua missão, a AMB conclama a população do Amazonas a aderir à programação oficial de vacinação a ser definida pelas autoridades sanitárias nas próximas semanas, bem como manter as conhecidas medidas preventivas que reduzem a transmissão do novo coronavírus.

 Associação Médica Brasileira, 15 de janeiro de 2021

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