Parques do Paraná terão projeto para introduzir colmeias de abelhas nativas sem ferrão

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Da Redação

O projeto Poliniza Paraná prevê a introdução de colmeias nativas sem ferrão em parques urbanos (Foto: Gilson Abreu)

Foi lançado nesta quinta-feira (20), um programa para a implantação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão nos parques urbanos do estado. A ação tem como objetivo replicar para 398 municípios os Jardins de Mel, projeto realizado em Curitiba. As abelhas nativas sem ferrão são responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras.

O foco do projeto é divulgar a implantação de colmeias como ferramenta de educação ambiental, mostrando a importância e os benefícios dos serviços ecossistêmicos prestados pelos insetos, além de reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção.

A ação faz parte do Poliniza Paraná desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e surgiu de uma carta recebida de uma aluna do 3º ano da Escola Municipal Castro Alves, do município de São João, na região Sudoeste do estado. A estudante estava desenvolvendo um projeto e fez um apelo para que a Sedest cuidasse das abelhas.

As abelhas nativas sem ferrão são responsáveis pela polinização de cerca de 90% das plantas brasileiras. (Foto: Gilson Abreu)

As primeiras colmeias foram implantadas no Chapéu Pensador, em Curitiba, como um piloto, mas futuramente serão implantadas em todas as áreas do projeto Parques Urbanos, também desenvolvido pela Sedest/ Instituto Água e Terra. Até o momento, são 17 municípios com convênios de Parques Urbanos e Poliniza assinados.

Entre eles estão Santa Cruz do Monte Castelo, Quatiguá, Andirá, Cornélio Procópio, Querência do Norte, Marquinho, Santo Antônio do Sudoeste, Assaí, Moreira Sales, Flor da Serra do Sul, Cambará, Santo Antônio da Platina, Sapopema, Santa Cecília do Pavão, Califórnia, Cianorte e Arapongas. Cada município deverá pensar em um espaço para receber o Poliniza Paraná.

A equipe técnica da Sedest e prefeitura de Curitiba vão promover, em parceria, capacitações aos municípios que receberão o Poliniza Paraná. O objetivo é ensinar a fazer a manutenção das casinhas das abelhas e como trabalhar a educação ambiental com os insetos.

O projeto terá investimento inicial de cerca de R$ 7 mil, com recursos da Sedest, para a instalação das caixas, placas e colmeia. Pela cooperação, a prefeitura ficará responsável pela manutenção, por meio de limpeza e conservação das caixas.

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Entre as espécies disponibilizadas no projeto para o Chapéu do Pensador, por exemplo, estão a Guaraipo, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção; Jataí; Mandaçaia; Mirim e Manduri. O mel produzido pelas abelhas não será comercializado.

Importância

A reintrodução de abelhas nativas nos espaços é importante porque a polinização é o processo que garante a produção de frutos e sementes, além da reprodução de diversas plantas. Por isso, as abelhas se destacam na manutenção e promoção da biodiversidade.

Além disso, as abelhas auxiliam na produção de cerca de 90% dos alimentos no mundo e são de extrema importância para agricultura mundial, pois são responsáveis por polinizar cerca de 70% das plantas agrícolas.

Das 420 espécies de abelhas sem ferrão do mundo, 300 vivem no Brasil, e aproximadamente 38 no Paraná. Cerca de 100 espécies de meliponíneos que ocorrem no Brasil se encontram em risco de extinção, e isso se deve ao desmatamento, à poluição e às mudanças climáticas.

Liderança na produção de mel

O Paraná se manteve como o principal produtor nacional de mel, com 7.844 toneladas produzidas pela espécie Apis mellifera em 2020, o que representa 15,2% de toda produção nacional. A atividade é importante na geração de emprego e renda, na diversificação da propriedade rural e nos benefícios sociais, econômicos e ecológicos que proporciona.

A apicultura caracteriza-se pela exploração econômica e racional da abelha do gênero Apis e espécie Apis mellifera, que possui ferrão. A atividade é realizada em todo o território brasileiro. De acordo com a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020 elas produziram 51.508 toneladas de mel, volume 12,5% maior que no ano anterior, resultando em R$ 621,447 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP).

A pesquisa aponta que o Paraná teve aumento de 8,9% sobre a safra de 2019, fechando 2020 com 7.844 toneladas e deixando novamente em segundo lugar o Rio Grande do Sul, que tradicionalmente liderava o setor. Em 2020, o Estado gaúcho atingiu 7.467 toneladas, com Valor Bruto de Produção de R$ 97,043 milhões. No Paraná, o VBP foi de R$ 98,619 milhões, aumento de 15,9% em relação a 2019.

O município de Arapoti é o principal produtor estadual e nacional, com 810 toneladas produzidas em 2020, o que rendeu VBP de R$ 8,6 milhões. No Paraná, é seguido por Ortigueira, com 720 toneladas; e Prudentópolis, com 440 toneladas.

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