Pesquisa do Sebrae aponta que 79% dos pequenos negócios do Paraná estão funcionando

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Reinaldo Bessa

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O levantamento do Sebrae indica que os pequenos negócios que funcionam em lojas de rua apresentam o melhor desempenho (apenas 12% deles continuam fechados). (Foto: Daniel Castellano/SMCS)

Uma pesquisa nacional do Sebrae apontou que 79% das micro e pequenas empresas paranaenses estão funcionando, sendo 64% delas com mudanças devido à crise. Os dados constam da 6ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas entre os dias 27 e 30 de julho. Participaram do levantamento 6.056 empresários de todo o Brasil, sendo 641 deles do Paraná. A média paranaense foi melhor do que a nacional, mesmo com as restrições devido à pandemia.

A pesquisa evidenciou ainda indicadores favoráveis que mostram uma leve melhora no cenário econômico. Em todo o Brasil, no final de junho, 40% dos empresários possuíam empréstimos ou dívidas em atraso enquanto na pesquisa realizada no fim de julho esse percentual caiu para 36%. No Paraná, o número, que era de 37% em junho, caiu para 32% no final de julho (quinto menor percentual do país). Além disso, 32% das empresas do estado não possuem qualquer dívida ou empréstimo.

Outro dado que também apresentou ligeira melhora foi a queda de faturamento médio dos negócios. No Paraná, 87,2% das empresas tiveram redução no faturamento em junho, com uma média de perda de receita da ordem de 60%. Em julho, o percentual de queda no faturamento foi de 79% com média de redução da receita na casa dos 57%. “A boa notícia é que já conseguimos enxergar o começo de uma recuperação, mesmo que lenta e variável entre os diferentes segmentos. O importante agora é manter esse ritmo positivo daqui para frente”, diz o presidente do Sebrae, Carlos Melles, para quem um novo cenário começa a se desenhar com melhores expectativas para os donos de pequenos negócios.

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O levantamento do Sebrae também revelou um expressivo crescimento na proporção de empresas que buscaram empréstimos desde o início da crise. Entre a última semana de março e a última semana de julho, o percentual de pequenos negócios que buscaram crédito saltou de 30% para 54%. No Paraná, 49% das empresas já buscaram empréstimos em julho, quarto menor percentual entre os estados.

Entretanto, observa-se que esse aumento na procura não tem sido acompanhado, na mesma velocidade, pela oferta de recursos por parte do sistema financeiro. A pesquisa mostrou que 56% dos empreendedores do Brasil tiveram seus pedidos de empréstimo negados e apenas 21% conseguiram acessar o dinheiro. No Paraná, os números são melhores. Das pequenas empresas do estado, 32% já conseguiram crédito (terceiro melhor percentual do país), enquanto 47% tiveram seus pedidos negados.

Inovação

Ainda de acordo com a pesquisa, a busca pela inovação e digitalização das empresas (em especial dos canais de venda) deixou de ser uma tendência e se tornou realidade para 66% dos pequenos negócios. Entre as diferentes plataformas, a versão comercial do WhatsApp é a ferramenta digital mais procurada: 46% dos empresários ouvidos já usavam o aplicativo antes da crise e 12% aderiram a esse sistema após a chegada da pandemia. A utilização das tecnologias também é decisiva para quem aumentou o faturamento durante a pandemia. Entre as empresas paranaenses nesse cenário, 39% passaram a vender online e 27% a vender mais por delivery.

Negócios de rua levam a melhor

O levantamento do Sebrae indica que as empresas situadas em locais com maior risco de aglomerações enfrentam mais dificuldade de voltar a funcionar. É o caso das que estão localizadas dentro de feiras ou shoppings populares (42% ainda estão com o funcionamento interrompido) e aquelas que funcionam em algum tipo de veículo, como Uber e transporte escolar (38% ainda estão fechados). Nesse sentido, os pequenos negócios que funcionam em lojas de rua apresentam o melhor desempenho (apenas 12% deles continuam fechados).

Confira outros dados da pesquisa no Paraná

79% dos pequenos negócios já estão funcionando, sendo 64% com mudanças por conta da crise; 79% das empresas no estado apresentaram queda no faturamento. A perda média foi de 57%. Para os 6% dos negócios que apresentaram crescimento nas receitas os ganhos médios foram de 30%. A variação média do faturamento foi de -51%;

Entre as empresas que aumentaram o faturamento 39% delas passaram a vender online, 27% passaram a fazer mais delivery e 17% vendem produtos ou serviços favorecidos pela pandemia. 13% mudaram o modelo de negócios; 53% dos negócios já vendiam pelas redes sociais antes da pandemia e 11% passaram a vender durante a crise. 55% das empresas usam WhatsApp Business e 44% propagandas no Facebook, no Google e outras redes sociais.

Em relação ao endividamento no Paraná: 36% dos negócios têm dívidas e estão em dia, 32% têm dívidas e estão em atraso e 32% não têm qualquer débito. Sobre a busca por crédito: 49% das empresas já buscaram empréstimos, uma das menores marcas do país. Para aquelas que não tentaram, 40% dos empresários afirmaram que a empresa não precisou. Entre os que realizaram os pedidos por crédito, 32% dos empresários conseguiram, 21% aguardam uma resposta e 47% não conseguiram.

Confira outros dados da pesquisa no Brasil

Houve redução de 84% para 81% na proporção de empresas que afirmam que estão sofrendo uma diminuição no seu faturamento. O volume dessa perda de faturamento também registrou uma pequena redução de -51% para -50%. Entre os segmentos mais afetados pela crise, o Turismo apresentou uma leve melhora nas perdas do faturamento, de -76% para -74%.

Outros segmentos que apresentaram melhoras no faturamento foram a Indústria de Base Tecnológica (de -45% para -35%); Saúde (-46% para -36%); Moda (-56% para -50%); Serviços de Alimentação (-56% para -51%) e Indústria Alimentícia (-40% para -37%). Entre os segmentos que tiveram piora destacam-se: Pet Shop e Serviços Veterinários (de -24% para -37%); Agronegócio (-37% para -45%); Energia (-49% para -57%); Artesanato (-44% para -47%) e Logística e Transporte (-53% para -58%). A maioria das empresas (62%) conhece e já implementou os protocolos de segurança definidos pelo poder público para o funcionamento da sua atividade. 41% dos Microempreendedores Individuais (MEI) trabalham em casa e 52% funcionam em loja/sala de rua.

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