Sistema de pagamentos PIX deve democratizar e baratear transferências e pagamentos

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Monique Benoski

O PIX pode acabar definitivamente com os sistemas de DOC e TED oferecidos atualmente pelos bancos. (Foto: Divulgação)

O PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), previsto para ter início em novembro, pode acabar definitivamente com os sistemas de DOC e TED oferecidos atualmente pelos bancos. A novidade deve revolucionar o nicho colocando em uma inédita igualdade de forças todos os players que competem por clientes nesse mercado. O objetivo anunciado pelo BC é democratizar e baratear o custo das operações de transferências e pagamentos. O PIX será gratuito para quem envia o dinheiro, já nos serviços de DOC e TED os bancos cobram taxas de até R$ 20.

Diferente dos TEDs e DOCs, nos quais as transferências só podem ser feitas em dias úteis, em horários restritos, com o PIX, as movimentações poderão ser feitas 24 horas por dia, sete dias por semana, com compensação instantânea do dinheiro. Será possível transferir dinheiro para um destinatário de forma gratuita, sem importar em qual banco ou instituição ele tem conta. Segundo o Banco Central, já foram registrados 980 pedidos de adesão de empresas interessadas, sendo que apenas uma pequena parte é de instituições financeiras.

De acordo com o especialista em Direito Empresarial e Societário e professor do Insper e da Faap, Marcelo Godke, a tendência após o uso do PIX é a redução da utilização do dinheiro em espécie, podendo, talvez, contribuir para o controle da prática de lavagem de dinheiro, além de colocar o Brasil num patamar de modernidade financeira. “Vários outros países já adotam sistemas similares. O custo de fazer o dinheiro transitar vai cair, teremos mais agilidade e menos risco, já que a liquidação das transferências acontece basicamente em tempo real”, explica.

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Por uma questão de mercado, o especialista acredita que quem resolver ficar fora do novo sistema estará condenado ao fracasso em um futuro próximo. “Pela regulamentação em vigor, todos os grandes bancos terão de participar do PIX e, por conta da internet e da tecnologia, eles perderão o controle sobre o fluxo financeiro das pessoas e das empresas. O PIX é apenas a tecnologia que vai levar a isso”, finaliza.

(Foto: Divulgação)

Funcionamento do PIX

Quanto vai custar? Transferências entre pessoas físicas serão gratuitas. Lojistas terão que pagar para receber os pagamentos e as transferências entre pessoas jurídicas também serão tarifadas. Porém, o BC afirma que as taxas devem ser bem menores do que as praticadas atualmente.

Cadastro

O registro de pessoas físicas e jurídicas poderá ser feito a partir de 5 de outubro. O cadastro é obrigatório apenas para instituições financeiras com mais de 500 mil clientes.

Chaves PIX

Chaves PIX são as formas de identificar os usuários. Não será mais necessário informar agência, conta e CPF. Os consumidores poderão realizar transferências ou pagamentos de contas e produtos de três maneiras principais: Chaves Pix, QR Code e NFC.

Fim dos cartões?

No momento, a ameaça maior é para o cartão de débito. Mas o BC tem planos de ofertar compras a prazo com o sistema, o que transformaria o PIX em um rival do cartão de crédito.

(Foto: Divulgação)

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