Da Redação
A Polícia Militar do Paraná cumpriu nesta sexta-feira (12) 41 mandados de busca e apreensão e prendeu 15 pessoas durante a operação Ostentação, na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral. A organização criminosa alvo da operação coordenava o tráfico de drogas e usava “laranjas” para mascarar o patrimônio formado por veículos de luxo e propriedades, avaliados em cerca de R$ 4 milhões. Durante a operação, um suspeito reagiu à abordagem e morreu no confronto.
O balanço da operação é de 35 armas de fogo, R$ 120 mil em dinheiro, cinco automóveis, uma moto e dezenas de munições apreendidos. Os mandados judiciais foram cumpridos em Pinhais, Piraquara (região de maior atuação do grupo) e Litoral. Os presos foram encaminhados à Polícia Civil.
A operação Ostentação foi coordenada pelo Centro de Inteligência da PM e pela Agência Local de Inteligência do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd), que descobriram como o grupo atuava. A ação contou com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) e das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotams) dos batalhões da PM da RMC e Litoral. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira, as equipes de inteligência checaram a atividade criminosa e como os envolvidos agiam para evitar serem descobertos pela polícia. “Ficou evidente durante o trabalho que havia lavagem de dinheiro, e inclusive na conta bancária de um dos integrantes havia um montante de aproximadamente R$ 1,5 milhão, mesmo assim ele recebia auxílio emergencial do governo federal”, disse Teixeira.
Dentre os 15 detidos está uma mulher, responsável pela parte financeira do grupo e esposa do líder. “Ele foi morto há uma semana em uma rixa pelo controle do tráfico de drogas. Outros homicídios ocorridos nos últimos tempos na região estão sendo analisados pela PM para verificar se têm conexão ou não com a morte daquele homem”, disse o coronel Hudson.
A investigação começou em agosto do ano passado, quando a PM apreendeu 30 quilos de maconha em Piraquara. Informações sobre a atividade criminosa levaram os policiais militares do Batalhão de Polícia de Guarda a monitorar a rotina dos envolvidos. Ao longo da investigação, com apoio do Poder Judiciário, foi determinado o bloqueio de 15 contas bancárias, 13 imóveis e 10 veículos.
LEIA TAMBÉM:
- Urbs reforçará linhas de ônibus para Enade neste domingo
- Conheça o charmoso A.I.R. Cabral, primeiro residencial da JN em Curitiba
Descobriu-se que os integrantes da organização se relacionavam com outros grupos com o intuito de comprar, vender, e compartilhar armas, drogas e carros. Os policiais acompanharam a rotina dos suspeitos e constataram que eles levavam uma vida de luxo e ostentavam bens materiais, como joias, dinheiro, roupas, e viagens. Com apoio do Ministério Público de Piraquara, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário dos integrantes do grupo, o que auxiliou os agentes de inteligência da Polícia Militar a verificar uma intensa atividade financeira.
Siga-nos no Instagram para ficar sempre por dentro das notícias: