Poder feminino; quando o medo do câncer se transformou em coragem para empreender

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As Wigs, versões modernas das perucas, ajudaram Andréa de Oliveira a enfrentar o câncer e também ter chance de empreender. (Foto: Divulgação).

Foi logo depois de ser diagnosticada com câncer, em 2019, que a fisioterapeuta Andréa de Oliveira descobriu também resiliência. Junto com a vontade de viver, ela encontrou uma maneira de empreender. Embora formada em fisioterapia, desde pequena Andréa tem paixão por cabelos, penteados e produtos capilares. E este foi um de seus medos: A perda dos seus cabelos. Em vez de se render ao desespero, ela transformou seu medo em determinação e sua angústia em inspiração. Foi assim que nasceu a ideia de sua loja de wigs – versões modernas e de alta tecnologia das antigas perucas – que aqui no Brasil ainda são novidade.

“Percebi que além de me ajudar, esses produtos também auxiliariam mais pessoas”, conta Andréa. Com a decisão tomada, um novo desafio se colocava à sua frente: empreender no Brasil. Ainda mais na área de importação. As peças ofertadas pela WIGS By Andréa Oliveira são trazidas de países como França, Alemanha, Estados Unidos, entre outros, por sua qualidade, preço e confiabilidade. São perucas de cabelos sintéticos e fios inteligentes, que retém a forma após serem lavadas e que podem ser modeladas, pois aceitam calor assim como os cabelos naturais.

Atualmente, a WIGS By Andréa Oliveira realiza as vendas em seu Atelier em Curitiba e também de maneira on line neste site.  “Cada peruca exibida nas prateleiras carrega consigo não apenas fibras sintéticas ou naturais, mas também histórias de coragem, esperança e renascimento. Elas deixaram de ser peças vistas com maus olhos, como nos tempos da vovozinha, para se tornarem produtos desejados, inspiradores e modernos. As wigs são utilizadas em casamentos, formaturas, para amenizar os períodos de transições capilares, para os casos de perda total ou parcial de cabelo, enfim, uma infinidade de utilização”, explicou Andréa.

A jornada da empreendedora e mulher é prova irrefutável de que mesmo nos momentos mais sombrios, a luz da esperança nunca se apaga verdadeiramente. Andréa Oliveira pode ter enfrentado a escuridão do câncer, mas sua determinação, compaixão e força interior brilham como um farol para todos aqueles que cruzam seu caminho. Sua loja de wigs é mais do que um empreendimento comercial; é um símbolo vibrante de amor, coragem e resiliência em meio à adversidade.

O Brasil é quarto país do mundo no mercado da beleza, segundo a empresa Euromonitor International. A Associação Brasileira da Indústria, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), mostrou que somente nos últimos cinco anos (2018-2022), o crescimento desse setor foi de 560% em relação aos períodos anteriores.

Além das mulheres que perdem cabelos durante  o tratamento de câncer, as wigs também são usadas para quem tem queda de cabelos, está em transição capilar para os brancos e também para quem quer mudar, para festas e editoriais de moda, por exemplo. Muitas celebridades nacionais e internacionais, já assumiram o uso das perucas. Beyoncé, Rihanna, Anitta, Bruna Marquezine, Ludmilla, as Kardashians, Cacau Protásio e Taís Araújo, por exemplo, já usaram os acessórios.

As modernas wigs são compostas na testa por uma tela invisível (lace top) que se parece com o couro cabeludo, o que faz com que seu uso seja imperceptível. “Muitas vezes vemos muitas famosas mudarem os cabelos em pouco tempo, mas sabemos que não há saúde capilar que suporte tamanhas alterações. Então, não tem como fugir, o uso das wigs é obrigatório”, ressalta Andréa.

Uma reportagem da revista ELLE de 2020, já apontava o crescimento internacional deste mercado: uma estimativa de que o mercado global de perucas e extensões de cabelo alcançasse receitas de mais de US$ 10 bilhões até 2023.  Já uma reportagem mais recente (2023) do portal Cidades e Condomínios, ressalta ainda mais esta ascensão deste mercado no mundo: confirma o valor de US$ 7,62 bilhões em 2023 e uma expectativa de quase dobrar a monta para US$ 13,28 bilhões até 2027.

No Brasil, apesar de não haver números oficiais, a realidade não é diferente. Segundo reportagem do SEBRAE do início do ano, o mercado de wigs e laces é um setor que tem crescido bastante nos últimos anos. Isso se deve ao fato de que as wigs são um acessório que pode ser usado por pessoas de todas as idades e gêneros. Além disso, elas têm se tornado cada vez mais populares entre as celebridades, o que tem ajudado a impulsionar ainda mais o mercado.

As wigs atuais em nada têm a ver com as antigas perucas da época de nossas mães, tias e avós. Uma das principais evoluções está na construção da touca. Além do uso de materiais antialérgicos e respiráveis, permitindo melhor ventilação do couro cabeludo, as perucas de alta tecnologia usam de um tecido chamado monofilamento nas áreas de maior foco. Similar a uma micropele, o monofilamento tem os fios de cabelo amarrados um a um, manualmente. Isso não só dá a impressão de que os fios seguem o crescimento natural do couro cabeludo, como evitam aquela “marcação fixa”, permitindo pentear os fios para qualquer direção.

Outra característica das wigs atuais é a lace ou tule invisível. Apesar das perucas full lace já serem muito conhecidas no Brasil, no caso das wigs lace front, o tule é posicionado apenas na parte frontal da cabeça, na testa. Isso porque ele é apenas necessário para dar a ilusão de que o cabelo na wig está nascendo diretamente do couro cabeludo, sem aquela marcação evidente que as antigas perucas davam. Além disso, diferente das perucas full lace que requerem cola ou fita adesiva para fixação, a wig lace front pode ser colocada e retirada à vontade.

Um dos aspectos mais revolucionários da tecnologia capilar atual são as fibras sintéticas. Apesar de o cabelo humano ainda ser preferido por muitas clientes, devido ao desconhecimento, as fibras sintéticas premium conquistam cada dia mais adeptas no mundo das wigs. Três vezes mais leves que o cabelo humano, as fibras atuais não têm aquele jeito e brilho de “cabelo de boneca” do antigo kanekalon. Sua aparência e tato são praticamente idênticas ao cabelo natural, permitindo a criação de wigs virtualmente indistinguíveis do cabelo da cliente, com cores que até apresentam efeitos de raiz esfumada, mechas em balayage e até fios grisalhos.

As fibras sintéticas premium também são vantajosas em relação ao cabelo humano devido a uma característica chamada “memória da fibra”: diferentemente do fio natural, que após lavar precisa passar por uma escova para voltar a ficar apresentável, na wig de fibra sintética premium os fios podem ser secados naturalmente e automaticamente adquirem a forma original. E para quem quer ter a versatilidade de poder usar secador, prancha ou baby-liss, os modelos de fibra Futura permitem o uso de fontes de calor para mudança da forma dos fios.

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