Da Redação
Em um ano e meio, os pontos de monitoramento que contam com as câmeras da Muralha Digital em Curitiba registraram uma redução de até 40% nas ocorrências de crimes. As câmeras estão instaladas no Centro e nos bairros, em terminais de ônibus, escolas, praças, parques, Ruas da Cidadania e também nos radares de trânsito da cidade.
Na Praça do Redentor (Praça do Gaúcho), no bairro São Francisco, antes da instalação do equipamento, no primeiro semestre de 2020, foram registradas no local 259 ocorrências. O número caiu após a instalação das câmeras da Muralha Digital, com 167 registros no mesmo período em 2021 e 147 em 2022. Nos cemitérios municipais, a redução de um ano para o outro foi de cerca de 30%. Em 2020, foram 126 ocorrências, e em 2021, o número caiu para 89 registros.
Uma das principais funções da Muralha Digital é o auxílio na repressão de crimes. As imagens coletadas pelo sistema de videomonitoramento da prefeitura são monitoradas pelos guardas municipais do Centro de Operações e Controle (CCO) da corporação 24 horas por dia, o que contribuiu para agilizar a ação das equipes em crimes como furtos, vandalismos e depredações em locais onde as câmeras estão instaladas.
Algumas dessas câmeras possuem recursos como reconhecimento facial que, junto do sistema de contagem de pessoas e de uma biblioteca de faces criptografadas, facilita a busca por suspeitos procurados e foragidos da justiça. De janeiro a junho deste ano, cerca de 100 imagens foram cedidas ao Ministério Público, ao Poder Judiciário e às forças policiais para auxiliar na elucidação de crimes ocorridos nas áreas cobertas pelas câmeras.
Além de serem posicionadas nas ruas, as câmeras da Muralha Digital estão em locais de alta circulação de pessoas. Recentemente, a Praça do Japão recebeu quatro câmeras panorâmicas que conseguem monitorar todo o entorno do local. Também foram instalados equipamentos em quatro cemitérios municipais da cidade, como o São Francisco de Paula, que conta com câmeras térmicas capazes de capturar imagens mesmo no escuro. Nos próximos meses, o projeto da Muralha Digital deverá ter câmeras no Jardim Botânico e nos parques Tanguá, Passeio Público e Barigui.
O sistema de fiscalização também está no entorno de todas as escolas municipais de Curitiba. As mulheres vítimas de violência doméstica protegidas pela Patrulha Maria da Penha contam com botões de pânico ligados ao sistema da Muralha Digital para contatar as forças de segurança ao acioná-los.
Integração
O sistema também está integrado aos radares de trânsito que fiscalizam o trânsito na cidade. As imagens coletadas pelos radares conseguem traçar os padrões comportamentais de motoristas e reconhecer as placas de veículos que transitam dentro do município, ajudando as forças de segurança no combate ao crime.
As imagens coletadas pelo sistema também são de grande ajuda para a Defesa Civil. Em situações críticas causadas por efeitos adversos, como fortes chuvas e ventanias, a Muralha Digital consegue contribuir e concentrar esforços de resposta acompanhando as situações por meio de imagens dos locais afetados.
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