Presos do Paraná já produziram mais de 2 milhões de unidades de EPI’s

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Da Redação

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A confecção, tanto para a distribuição interna quanto para os convênios fechados, gira em torno de 80 mil itens diários. (Foto: Divulgação)

Mais de 2 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) contra a Covid-19 já foram confeccionados pelos presos do sistema penal do Paraná. A confecção de máscaras, jalecos, uniformes, escafandros, toucas e outros itens dentro das unidades prisionais é uma forma de reduzir a demanda de compras do Departamento Penitenciário (Depen) e demais instituições ligadas à Secretaria da Segurança Pública, assim como de setores da saúde e prefeituras. Por meio de parcerias e convênios, as instituições interessadas, incluindo forças de segurança, como Polícia Miliar e Polícia Civil, Guardas Municipais e hospitais, fornecem o tecido e o Depen a mão de obra dos detentos.

Diversas prefeituras e conselhos da comunidade também disponibilizaram máquinas de costura, o que tornou possível dar oportunidade de trabalho a mais presos. Beneficiados com a redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados, eles já costuraram 2 milhões de máscaras e quase 34 mil jalecos, além de cerca de 7,8 mil itens para hospitais, como lençóis, pijamas, escudos faciais, toucas e sapatos descartáveis. A produção foi iniciada em 23 de março em algumas regiões e intensificada a partir do dia 6 de abril. “Aos poucos, conforme conseguíamos, aumentávamos a confecção e rapidamente pudemos disponibilizar máscaras internamente e ainda enviar parte da produção a prefeituras e diversas casas de saúde do estado, como os hospitais universitários de Cascavel e Londrina, que são referências no atendimento de casos de Covid-19”, diz o secretário da Segurança Pública, Rômulo Marinho Soares.

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Para evitar a proliferação do novo coronavírus no sistema prisional, servidores e detentos receberam uma média de três máscaras por pessoa. De início, o objetivo era produzir cerca de 10 mil unidades de produtos por dia em todo o estado, marca que foi atingida ainda no final de abril. A confecção, tanto para a distribuição interna quanto para os convênios fechados, gira em torno de 80 mil itens diários. “É uma marca muito expressiva, considerando que não tínhamos know-how de fabricação de máscaras”, afirma o diretor-geral do Depen, Francisco Caricati. Ele lembra que a fabricação foi iniciada diante da necessidade da sociedade e também de dotar os órgãos de segurança e de saúde de EPI’s.

Além de reduzir a pena do preso, a confecção de itens dentro do sistema prisional gera economia para o estado. Somente em junho, a economia gerada pela produção dentro do sistema foi de R$ 90 mil, segundo o chefe do Setor de Produção e Desenvolvimento do Depen, Boanerges Silvestre Filho. De acordo com ele, a confecção dos itens também é uma importante forma de manter os presos em atividades laborais, uma vez que grande parte dos canteiros de trabalho foi suspensa. “Foi a saída que encontramos diante do desafio que era encontrar meios de abrir vagas de trabalho dentro dos presídios. Além disso, precisaríamos adquirir os equipamentos de alguma forma para que mantivessem a segurança do sistema prisional no que se refere aos cuidados para evitar a proliferação do coronavírus no sistema”, destaca Boanerges.

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A confecção de EPI’s dentro das unidades prisionais é uma forma de reduzir a demanda de compras do Departamento Penitenciário e demais instituições ligadas à Secretaria da Segurança Pública. (Foto: Divulgação)

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