Procedimento que devolve a audição para crianças com surdez severa comemora 10 anos no HPP

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp

Da Redação

implante coclear no Hospital Pequeno Príncipe.
Vitória Gabrielly Schmidt de França da Silva, foi a primeira paciente que recebeu o implante coclear há 10 anos no Hospital Pequeno Príncipe. (Foto: Divulgação)

A cada mil crianças no Brasil, três possuem problemas auditivos, segundo dados do Ministério da Saúde e estudos epidemiológicos. A boa notícia é que há dez anos o Hospital Pequeno Príncipe (HPP), em Curitiba, realiza implante coclear pediátrico por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição, que é referência no procedimento no estado, realiza em média 18 implantes por ano via SUS.

O implante é indicado para pessoas que têm perda auditiva profunda ou severa e que ao usar aparelhos convencionais não conseguem o resultado esperado. A deficiência auditiva, por sua vez, pode ter causas genéticas, traumas ou doenças adquiridas. “Quanto mais cedo for diagnosticada a surdez e realizado o procedimento do implante coclear, maior será o ganho da criança durante o processo do desenvolvimento da audição e linguagem”, destaca a fonoaudióloga Ângela Ribas, do Pequeno Príncipe.

LEIA TAMBÉM:

Começar a ouvir é uma grande conquista para qualquer pessoa com deficiência auditiva, como é o caso de Vitória Gabrielly Schmidt de França da Silva, a primeira implantada pelo maior hospital pediátrico do país. Ela foi diagnosticada com surdez aos 3 anos, após a equipe pedagógica da escola em que estudava notar dificuldades em sua fala. Depois da realização de exames, ela passou pelo procedimento de implante coclear, o primeiro pediátrico do Paraná.

Hoje, aos 13 anos, Vitória está totalmente reabilitada e possui uma vida normal. “Tivemos o privilégio dela ter sido a primeira implantada no Pequeno Príncipe. Todos nós passamos por um preparo psicológico, e foi um momento de muito aprendizado. Os profissionais que cuidaram dela são verdadeiros anjos e nos deram todo suporte e apoio necessários”, conta Nelcimara Schmidt Maia da Silva, mãe da paciente.

Além do ganho da audição, a possibilidade do desenvolvimento da fala também é fundamental para a qualidade de vida e comunicação das crianças com o meio externo. “A partir do momento em que é realizado o implante coclear, a criança vai ouvir e vai estimular as áreas de linguagens do cérebro. Assim, a criança tem a melhor condição para se comunicar, desenvolvendo a linguagem, se expressando e aumentando a comunicação com todos ao seu redor. Para as crianças que já aprenderam a linguagem gestual, esta é de grande ajuda para estabelecer o vínculo cerebral com a comunicação oral”, enfatiza a coordenadora do Serviço de Implante Coclear do Hospital Pequeno Príncipe, Tríssia Maria Farah Vassoler.

Procedimento

A cirurgia de implante coclear consiste em inserir na parte interna do ouvido um dispositivo eletrônico composto por um aparelho receptor interno e um eletrodo. Externamente existe outro aparelho que se conectará com o interno por meio de imã. Esse contém os microfones para captar o som e transmitir a parte interna do implante.  Esse conjunto de equipamentos passa a fazer a função da cóclea, codificando os sons, transformando os sinais sonoros em impulsos elétricos e fazendo com que a pessoa possa ouvir. O Hospital Pequeno Príncipe conta com uma equipe multiprofissional e toda a estrutura necessária para realizar o diagnóstico, cirurgia, acompanhamento pós-cirúrgico e reabilitação dos pacientes. Além do SUS, a instituição também faz o procedimento via convênios e particular.

Siga-nos no Instagram para ficar sempre por dentro das notícias:

Veja Também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.