Pandemia não impede professora curitibana de vencer prêmio nacional com projeto pedagógico

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Monique Benoski

Professora Sandra da Silva Brambilla de Souza ganhou o primeiro lugar no Prêmio Professor que Conquista 2020. (Foto: Divulgação)

Sandra da Silva Brambilla de Souza, professora do 5° ano do Ensino Fundamental 1 da Escola Romani, em Curitiba, ganhou primeiro lugar no Prêmio Professor que Conquista 2020, concurso nacional promovido pela Conquista Solução Educacional, que reconheceu as melhores iniciativas e práticas pedagógicas durante os meses de ensino remoto. A docente apostou na empatia e no apoio dos familiares dos alunos para garantir o engajamento necessário para o sucesso do aprendizado com as aulas remotas.

Sandra diz que em uma situação como essa, de ensino remoto, percebeu que se não se envolvesse de forma ainda maior com as famílias, buscando compreender qual a situação particular de cada uma, suas necessidades, dificuldades e limitações, não conseguiria ter sucesso no aprendizado das crianças. Então, ela decidiu criar ações especiais envolvendo o lado lúdico e afetivo para trabalhar alguns conteúdos e conceitos, e deu certo.

Conteúdos de matemática ganharam uma adaptação do jogo Twister. (Foto: Divulgação)

“Para trabalhar sobre empreendedorismo, por exemplo, nosso material didático trazia a proposta de uma pizzaria e então tive a ideia de criarmos, junto com os pais, uma pizzaria coletiva que pudesse oferecer pizzas para um asilo que funciona próximo à escola. Os pais aderiram à ideia, todos os conceitos sobre o tema foram trabalhados e cada família se responsabilizou pela produção de uma pizza. No dia marcado, fizemos a entrega das pizzas no asilo, com sabores especiais criados pelos alunos e pais e acompanhadas de uma cartinha para cada idoso, escrita pelos alunos. O resultado foi tão bom que estamos pensando em manter essa ação no calendário da escola, mesmo depois que a pandemia acabar”, conta.

Conteúdos de matemática, como os polígonos, ganharam também uma ação especial, realizada por meio de uma adaptação do jogo Twister. “Criamos o nosso jogo, produzimos as roletas e os alunos tinham que jogar em casa com toda a família. Mais uma vez, o chamado para que a família participasse da ação surtiu efeito”, ressalta a professora. O tema sustentabilidade se transformou numa atividade na qual os alunos foram desafiados a criar bolsas e braceletes com garrafas pet para guardar máscaras de tecido.

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Todas essas ações fazem parte do projeto Florescer Cultural, desenvolvido por Sandra durante a pandemia e a professora não tem dúvidas de que o sucesso se deve à estratégia de estimular a participação dos pais em todas as atividades. “A família está sendo a mediadora entre o professor e o aluno, se ela não se envolver, o aprendizado não acontecerá por completo”, explica.

As ações fazem parte do projeto Florescer Cultural, desenvolvido por Sandra durante a pandemia. (Foto: Divulgação)

Outra iniciativa importante da professora também foi se colocar à disposição para atender os alunos de forma individualizada, conforme as necessidades de cada um. “Quando a gente se mostra disposto e se esforça, acabamos estimulando o empenho e o esforço da outra parte também. O vínculo traz reciprocidade. Isso ficou muito claro porque o engajamento dos alunos e dos pais aumentou muito desde o início das aulas remotas”, explica Sandra. 

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