Psicotran Day vai reunir pessoas que sofrem de amaxofobia, o medo de dirigir, neste sábado em Curitiba

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Da Redação

Rosemayra Rodrigues de Souza Godim que fez o tratamento para perder o medo de dirigir (Foto: Divulgação)

A amaxofobia, que é o medo de dirigir, será o tema do Psicotran Day, evento comandado pela psicóloga Salete Coelho, especialista no tratamento do transtorno, que ocorre neste sábado (07), das 10h às 12h, no Biocentro, em Curitiba. Segundo ela, o objetivo do encontro é proporcionar uma troca de experiências entre as pessoas que superaram o medo de dirigir e aquelas que querem vencê-lo, mas ainda não conseguiram.

Salete conta que realizar o encontro entre esses dois grupos é um dos grandes diferenciais do evento, porque nada como falar com quem sente a mesma dor para poder se estimular a vencer a fobia. “Só quem passa por um problema como esse sabe o tamanho dele. Ali, teremos um lugar seguro onde todos têm um mesmo objetivo e podem contar com a ajuda mútua”, diz a psicóloga.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 6% da população brasileira habilitada são afetados pela amaxofobia. Além disso, levantamento realizado pela Associação Brasileira de Medicina do Trânsito (Abramet) aponta que 80% das pessoas que não dirigem por medo são mulheres.

Salete Coelho, criadora do Método Psicotran para superação dessa fobia, afirma que o transtorno causa baixa autoestima e desvalorização pessoal, trazendo prejuízos para a busca de oportunidades de trabalho, vida social e até financeiramente, porque muitas vezes a pessoa tem o carro, paga IPVA e seguro, mas não consegue usufruir dele.

Pessoas que sofrem desse medo escolhem empregos próximos por não terem condições de ir a um trabalho mais longe de carro e pode acarretar até separação pelo fato de que a impossibilidade de dirigir impede a divisão de tarefas corriqueiras do dia a dia, como ir ao supermercado ou buscar o filho na escola”, explica a psicóloga.

Ainda de acordo com ela, como dirigir é um fator cultural muito arraigado entre os brasileiros, pessoas com essa fobia sofrem pressão social muito elevada, causando até situações constrangedoras e isolamento. “As pessoas não entendem como é possível alguém ter medo de dirigir ou ter carteira de motorista e não assumir o volante. É uma pressão social enorme que essas pessoas sofrem no dia a dia, que pode levar até a um quadro de depressão”, observa Salete.

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Oito anos de fobia

Um exemplo de superação é a militar do Exército Rosemayra Godim, de 32 anos. Quando ela se aproximava do carro, as pernas travavam e ela começava a suar frio. Mesmo habilitada, ela ficou oito anos sem dirigir. Rosemayra tirou a habilitação em 2012 e começou a se afastar do carro ao imaginar situações que nunca tinham acontecido. A situação ficou insustentável quando começou a depender muito das pessoas para ir ao trabalho ou do marido para questões de rotina. A militar mora em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, e trabalha no quartel do Pinheirinho, a alguns quilômetros de distância.

Ao começar o tratamento, em julho de 2020, em plena pandemia, foram várias sessões antes de encarar as sessões no carro. Ela conta como foi se aproximar do carro depois de quase dez anos de pânico: “Era apavorante, suava frio, era muito difícil. Cheguei até a chorar, porque você sente vontade de fazer algo mas algo te impede”, relata.

SERVIÇO:

Psicotran DayEvento presencial e gratuito
Data: sábado 07 de maio
Horário: 10h às 12h
Local: Biocentro (Rua Padre Anchieta, 1846 – Bigorrilho)
Inscrições: WhatsApp (41) 99568-4709

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