Da Redação
Reunidos na tarde desta segunda-feira (18) na Associação Comercial do Paraná, lojistas, proprietários e representantes de shopping centers de Curitiba discutiram a reabertura desses estabelecimentos com a presença do vice-governador Darci Piana e do secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur. A ACP vai encaminhar ao prefeito Rafael Greca um documento cujo teor foi discutido em comum acordo pelos representantes de shoppings, galerias e congêneres em que se propõe condições para a reabertura desta modalidade de comércio. O documento passará por uma análise das autoridades municipais, podendo haver a liberação da reabertura dos shoppings em Curitiba ainda nesta semana, a exemplo do que já ocorreu em outras cidades do estado, como Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa.
Também participaram do encontro representantes do setor de turismo, de bares e restaurantes, de clubes sociais e sindicatos do comércio. O presidente da ACP, Camilo Turmina, abriu a reunião relembrando a cronologia da pandemia. Ele citou que os próprios comerciantes de Curitiba decidiram fechar as portas em 21 de março e o comércio de rua retomou as atividades em 17 de abril, com a maior parte dos comerciantes respeitando as normas de distanciamento social e cuidados com a higiene para prevenir a propagação do coronavírus. Em seguida, o vice-governador Darci Piana conduziu a reunião, destacando que o Paraná é o quinto estado brasileiro em população e o 19º em número de casos da Covid-19. “Por isso não podemos facilitar nos cuidados que temos tido até agora para evitar o avanço da Covid-19”, afirmou Piana.
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Ele disse que tanto o governador Ratinho Jr. como o prefeito Rafael Greca estão sensíveis às reivindicações dos empresários que atuam em shopping centers, mas que qualquer proposta de reabertura deve respeitar as normas de cuidados definidas por decretos municipais e estaduais. Piana ressaltou que os cofres públicos também sofrem com a redução da atividade econômica. Segundo ele, a receita do Paraná já sofreu um decréscimo de 26% desde o início da pandemia e este número deve crescer mais ainda. Luiz Fernando Jamur enfatizou que a preocupação maior da prefeitura é com aglomerações no transporte coletivo e que um escalonamento de horários é fundamental na proposta a ser apresentada ao prefeito Rafael Greca.
Antes da confecção do documento a ser enviado à prefeitura, o vice-governador destacou que o que for decidido “será bom para todos. O governador e o prefeito de Curitiba aceitam discutir o tema, desde que os protocolos de segurança sanitária sejam seguidos e se evite a sobrecarga do transporte público”, lembrou.
Propostas para reabertura
As propostas a ser seguidas são as seguintes:
- Redução do horário de atendimento para o período entre 12h e 20h;
-Instalação de cabines de desinfecção já disponíveis no mercado;
– Medição de temperatura de todos os frequentadores;
-Limitação da entrada de clientes dentro dos shoppings e das lojas de acordo com a área de cada unidade;
-Obrigatoriedade e severa vigilância no uso de máscaras;
-Orientação visual vertical e orientação sobre distanciamento entre as pessoas nos espaços comuns e no interior das lojas;
-Protocolos rigorosos de higienização de máquinas e equipamentos disponíveis ao público;
-Retiradas de bancos e sofás dos corredores;
-Distribuição de pontos de higienização das mãos em vários pontos nas áreas comuns e interior das unidades comerciais;
-Ampliação do espaçamento entre mesas nas praças de alimentação, conforme as regras sanitárias;
-Disponibilização de equipamentos de proteção individual a todos os funcionários.
Revisão de contratos
Na semana passada, os lojistas de shopping centers solicitaram à ACP que manifestasse aos controladores de shopping centers a necessidade de flexibilização nos contratos e o estabelecimento de novas modalidades contratuais e de locação enquanto perdurar a crise. Há consenso de que a relação lojas/shopping centers terá que obedecer a um novo formato comercial diante da enorme queda no faturamento, dos novos hábitos que advirão da pandemia da Covid 19 e dos elevados custos para manter os negócios nos centros comerciais.