Secretário da Saúde do PR acena com lockdown se taxas de contaminação não caírem

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Da Redação

Secretário da Saúde do PR acena com lockdown se taxas de contaminação não caírem
O objetivo é que os municípios vizinhos à capital trabalhem de forma ordenada, evitando decisões unilaterais ou divergentes que possam ter impacto nas demais cidades da região. (Foto: Divulgação)

O governo do estado vai alinhar ações e estratégias com todos os municípios vizinhos a Curitiba para enfrentar o coronavírus. A decisão foi tomada em uma reunião por videoconferência, nesta sexta-feira (22), no Palácio Iguaçu, que estabeleceu normas que devem ser postas em prática de forma conjunta pelas cidades da região metropolitana para ampliar o alcance e a eficácia do combate ao vírus. O secretário da Saúde, Beto Preto, reforçou que o isolamento social segue como principal arma contra a transmissão e circulação da Covid-19 e não descartou a adoção do lockdown no estado. “Infelizmente temos observado um aumento no número de casos, claramente resultado de um relaxamento que tivemos há 15 dias quando iniciamos o pagamento do auxílio emergencial e comemoramos o dia das mães”, explicou.

Segundo Beto Preto, a secretaria não descarta a possibilidade de tomar medidas mais restritivas nos próximos dias. Ele disse que a pasta está observando os números com muita atenção. “Se as empresas não se conscientizarem neste momento, um lockdown não está fora de cogitação”, disse. Uma das principais preocupações diz respeito ao transporte coletivo. O presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Gilson Santos, ressaltou na reunião que a entidade vem buscando constantemente ações para evitar ao máximo a aglomeração dentro dos veículos, considerados potenciais propagadores da doença.

A alternativa, destacou Santos, é contar com a parceria da iniciativa privada na flexibilização dos horários de entrada e saída dos trabalhadores. “Infelizmente o distanciamento social recomendado é impraticável dentro do transporte coletivo. Por isso, as pessoas e empresas precisam fazer a sua parte, alterando os horários de trabalho”, afirmou.

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O presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) e prefeito de Fazenda Rio Grande Márcio Wozniack, cobrou uniformidade nas decisões de seus colegas. “Não adianta eu proibir o comércio, entre outras atividades em meu município, se o vizinho afrouxa. Precisamos tomar ações de nível metropolitano. A orientação, e até a intervenção do governo do estado, neste momento é fundamental”, sugeriu Wozniack.

Outro ponto destacado na reunião refere-se ao Cartão Comida Boa, ação do governo do estado para ajudar na alimentação das famílias mais vulneráveis. O secretário de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, lembrou que na Região Metropolitana de Curitiba apenas 53% dos cartões do programa foram distribuídos. Ele pediu a colaboração das prefeituras para que seja formada uma força-tarefa com o objetivo de distribuir todos os vouchers até o fim do mês.

O Coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, reforçou que o órgão possui mantimentos de ajuda humanitária e que estão à disposição dos municípios. “Só precisa que sejam solicitados. E isso inclui álcool, cestas básicas, máscaras e recursos para caminhão-pipa ou perfuração de poços, necessários principalmente neste momento de estiagem”, afirmou.

Um dos responsáveis pelo projeto de retomada econômica do Paraná pós-Covid 19, o secretário de Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge, revelou que o plano para a recuperação do crescimento está sendo construído. Um dos pilares da estratégia, segundo ele, está relacionado justamente com a execução de obras estruturantes nos municípios. “São três principais frentes: obras, desenvolvimento social e gestão. O objetivo é principalmente gerar empregos e tornar a máquina pública mais eficiente”, afirmou.

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