Lojistas de shopping não são os vilões da pandemia, diz presidente da ACP

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp

Da Redação

shoppings-de-curitiba-fechados
Em uma reunião com a ACP lojistas, proprietários e gestores discutiram alternativas para reabertura dos shoppings de Curitiba. (Foto: Divulgação)

Lojistas, proprietários e gestores de shopping centers de Curitiba discutiram nesta quinta-feira (14) com a direção da Associação Comercial do Paraná, em reunião presencial e online, alternativas para a reabertura dos estabelecimentos diante da grave crise que afeta o setor, após mais de 50 dias de paralisação das atividades. O encontro resultou numa carta ao prefeito Rafael Greca e ao presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humay, com as reinvindicações do setor (ver íntegras ao final). Para o presidente da ACP, Camilo Turmina, é urgente que sejam adotadas medidas para a reabertura dos shoppings da cidade, pois grande parte das lojas ali instaladas está prestes a quebrar – são quase 20 mil empregos em jogo. Segundo ele, quando se discutem regras para a retomada dos negócios, é inaceitável que os shoppings sejam discriminados como se fossem os vilões da pandemia.

Ainda de acordo com Turmina, ações para o estabelecimento de barreira sanitária e viabilização dos negócios não são excludentes, uma vez que a própria reabertura do comércio no Paraná e em várias unidades da federação comprovou que não há riscos de explosão de contágio da Covid-19 desde que regras rigorosas de contenção sejam estabelecidas e obedecidas. “Os indicadores de pessoas contaminadas, população e leitos hospitalares nas redes pública e privada disponíveis permitem novos avanços na reativação da economia da cidade”, defendeu. O proprietário do Shopping Novo Batel, Luiz Celso Branco, disse que os lojistas de shoppings querem os mesmos direitos de outros setores que reabriram, como o comércio de rua. Segundo ele, os shoppings podem ter um ambiente altamente controlado, a exemplo de grandes supermercados e outros estabelecimentos abertos. Os participantes da reunião sugeriram o estabelecimento de uma série de normas para nortear a reabertura dos estabelecimentos.

LEIA TAMBÉM:

Entre as medidas estão: Redução do horário de atendimento para o período entre 12h e 20h; instalação de cabines de desinfecção já disponíveis no mercado; medição de temperatura de todos os frequentadores; limitação da entrada de clientes dentro dos shoppings e das lojas de acordo com a área de cada unidade; obrigatoriedade e severa vigilância no uso de máscaras; orientação visual vertical e orientação sobre distanciamento entre as pessoas nos espaços comuns e no interior das lojas; protocolos rigorosos de higienização de máquinas e equipamentos disponíveis ao público; retiradas de bancos e sofás dos corredores; distribuição de pontos de higienização das mãos em vários pontos nas áreas comuns e interior das unidades comerciais; ampliação do espaçamento entre mesas nas praças de alimentação, conforme as regras sanitárias e a disponibilização de equipamentos de proteção individual a todos os funcionários.

Renegociação de contratos

Os participantes também solicitaram à ACP que manifeste aos controladores de shopping centers a necessidade de flexibilização nos contratos e o estabelecimento de novas modalidades contratuais e de locação enquanto perdurar a crise. Há consenso de que a relação lojas/shopping centers terá que obedecer a um novo formato comercial diante da enorme queda no faturamento, dos novos hábitos que advirão da pandemia da Covid-19 e dos elevados custos para manter os negócios nos centros comerciais. Os lojistas também sugerem, como medida emergencial, a remuneração do gestor do shopping sobre o faturamento, ou seja, um determinado percentual das vendas feitas por cada lojista seria repassado ao controlador da operação. Em outra proposta, o condomínio seria rateado por todos e com a participação do lojista na formatação das despesas.

Leia abaixo as íntegras das cartas enviadas pela Associação Comercial do Paraná ao prefeito Rafael Greca e ao presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Glauco Humay.

Veja Também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.