Da Redação
A confirmação do primeiro caso da cepa B.1.617 no Paraná, popularmente conhecida como variante indiana ou delta, na nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) gerou preocupação entre os curitibanos. Apesar da paciente de 71 anos, ser moradora de Apucarana, especialistas alertam que a transmissão ocorre rapidamente se não forem tomados os devidos cuidados. Mas quais seriam essas medidas e o que as tornaria mais efetivas? Os sintomas causados pela mutação do vírus são mais agressivos?
Essas e outras dúvidas podem ser esclarecidas pelo grupo de professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) através do projeto que funciona desde o início da pandemia “Pergunte aos Cientistas”, da Agência Escola UFPR. A nova variante do coronavírus Sars-CoV-2 descoberta na Índia está sendo acompanhada com atenção por cientistas.
Os estudos ainda são recentes mas já provam que as mutações em vírus são comuns. No entanto, a maioria não afeta a capacidade de transmissão ou influencia no desenvolvimento de formas mais graves da doença. No entanto, as mutações presentes no vírus indiano levam a crer que ele pode ser mais contagioso.
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A professora Juliana Maurer, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade, é uma das pesquisadoras que responderá às dúvidas da população. Ela ressalta que as diferentes cepas do vírus trazem questões novas não só aos leigos, mas também à comunidade científica. “Essas novas variantes podem ter diferença na transmissão, na letalidade, no agravamento dos casos e abrem espaço para verificar a eficácia das vacinas em contê-las”, expõe.
Vânia Vicente, do Departamento de Patologia Básica, afirma que, mesmo que o coronavírus tenha alto grau de mutação, a população pode contribuir para minimizar o surgimento de novas linhagens. “Se o vírus circular menos, torna-se difícil que outras variantes surjam. Dessa forma, é crucial que as pessoas mantenham o distanciamento social, usem máscaras e preservem a higiene pessoal, com uso de álcool em gel”, explica. Assim como Juliana Maurer, Vânia também responderá às perguntas enviadas pela sociedade para a Agência Escola UFPR.
“Não fique com dúvidas. Nós, cientistas, teremos o cuidado de respondê-las com base nos fatos apurados pela ciência”, reforça Juliana. “Proteja-se e sempre procure informações sobre a pandemia em lugares ou em fontes seguras”, conclui.
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