Morte da Rainha Elizabeth II: A cidade mais britânica do Brasil é Londrina
Conhecida como “pequena Londres”, Londrina, no Norte do Paraná, é a maior cidade no Brasil fundada por uma empresa britânica. Na época, diz a embaixada britânica no Paraná, o anúncio foi feito em homenagem a Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira (8).
Em 1922, o governo do Paraná cedeu terras a empresas privadas de colonização, para que pudesse usar seus recursos na construção de escolas e estradas. Em 1924, inicia-se a história da Companhia de Terras Norte do Paraná, subsidiária da firma inglesa Paraná Plantations Ltd., que deu grande impulso ao processo desenvolvimentista na região norte.
Londrina e mais 60 cidades no Norte do Paraná foram fundadas na gestão britânica e brasileira, conhecida como Paraná Plantations, de Londres.
De acordo com a Câmara Municipal de Londrina, “Os ingleses promoveram, desta forma, uma verdadeira reforma agrária, sem intervenção do Estado, no Norte do Paraná, oferecendo aos trabalhadores sem posses a oportunidade de adquirirem os pequenos lotes, já que as modalidades de pagamento eram adequadas às condições de cada comprador”.
Cabines telefônicas vermelhas
Devido a relação entre a Inglaterra e a fundação de Londrina, alguns elementos da cultura inglesa podem ser encontrados no município, como cabines telefônicas vermelhas, que são muito semelhantes às originais, em Londres.
Até mesmo o Shopping Boulevard, na cidade, foi inspirado na cultura britânica, com decorações que imitam os “guardas da rainha”. O projeto do local foi inspirado em ícones ingleses como o London Eye e o Big Ben.
As famosas cabines vermelhas ganharam uma nova função, em Londrina. Apesar de não funcionarem mais para ligações, neste ano, elas se tornaram “cabines literárias”.
A primeira foi inaugurada na Praça Primeiro de Maio, na região central do município, próximo à Concha Acústica. No total, são mais de 100 obras escritas em inglês, para homenagear a inspiração arquitetônica inglesa.
“O objetivo é que seja desenvolvido o hábito de leitura com um acesso mais fácil”, aponta Iara Hernandes, a presidente da Associação dos Moradores do Centro Histórico de Londrina, uma das idealizadoras do projeto.