Caso Jennifer: irmãos vão a júri popular nesta quarta em Maringá; relembre o caso

Publicado em 27 jul 2022, às 10h07. Atualizado às 15h11.

Os irmãos Carlos Alberto Dias da Silva e Roberto Dias da Silva sentam no banco dos réus nesta quarta-feira (27). Eles são acusados de terem envolvimento na morte da adolescente Jennifer Tavares, de 16 anos, dentro de um motel em Paiçandu, região metropolitana de Maringá, em 2019.

O júri popular acontece no Fórum da comarca de Maringá, com início às 8h30. A expectativa é de que o julgamento termine apenas à noite.

Carlos responde por homicídio qualificado, fraude processual, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável. Segundo o Ministério Público, ele teria levado a jovem para o motel. No local, ela teria sido agredida e ficado desacordada. Ela teria sido estuprada e morta por esganadura.

Do lado de fora, parentes e amigos de Jennifer pedem justiça; dentro do fórum, defesa e acusação se alternam para tentar convencer o júri | Fotos: Brenda Caramaschi/RICtv

Na sequência, ele e o irmão Roberto levaram o corpo da moça para um terreno baldio no Jardim Monte Sinai, em Maringá. O irmão responde por ocultação de cadáver e fraude processual.

Investigação

Flagrado por câmeras de segurança do motel e também de um posto de combustíveis com Jennifer, Carlos passou a ser o principal suspeito do crime. Ele foi preso em Mandaguari, quando passava em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o automóvel utilizado no dia do crime. Carlos estaria fugindo para o estado de São Paulo, segundo as investigações.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Jennifer foi estuprada, sofreu traumatismo craniano e asfixia por esganadura. Já a defesa nega que houve estupro e homicídio. Segundo a advogada dos irmãos, houve relação sexual consensual e a morte foi um acidente. Porém, os réus admitiram que abandonaram o corpo em uma área afastada da cidade.