Caso Melissa: Justiça Federal define nova data para julgamento de acusados

Publicado em 1 fev 2022, às 09h58.

O júri dos cinco acusados de envolvimento na morte da psicóloga Melissa de Almeida Araújo tem uma nova data. O  juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba remarcou para o dia 04 de abril de 2022, às 9 horas.

A sessão vai acontecer no auditório da sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba. O sorteio dos jurados ficou marcado para o dia 16 de março de 2022, às 13 horas.

O julgamento, que estava marcado para o último dia de janeiro deste ano, teve que ser remarcado após a confirmação de um dos defensores para Covid-19. O advogado que testou positivo faz parte da equipe que defende o acusado Roberto Soriano. Esta á a terceira vez que o júri é remarcado.

Adiamentos

Em agosto de 2021 o julgamento chegou a ser iniciado, mas foi anulado pela juíza na última etapa, na fase de alegações finais, depois que os procuradores do Ministério Público Federal durante a sustentação, apresentaram documentos inéditos aos jurados infringindo o artigo 479 do Código Penal.

Em Dezembro de 2021, o julgamento precisou ser remarcado novamente. Na época, a mudança da data foi um pedido feito pela defesa de um dos acusados por incompatibilidade de agenda. 

Crime e motivação

A psicóloga Melissa de Almeida Araújo tinha 37 anos e foi assassinada quando chegava em casa, acompanhada do marido, um policial civil, e do filho, na época com 10 meses, no dia 25 de maio de 2017.

Armados com pistolas 9mm, modificadas para rajadas de 30 tiros, os atiradores seguiram a vítima e surpreenderam o casal. O marido da psicóloga conseguiu reagir e, mesmo ferido com vários disparos, matou um dos envolvidos. Já Melissa foi executada com dois tiros na face dentro da residência, para onde havia corrido. A criança não ficou ferida.

Melissa era psicóloga da Penitenciária Federal de Catanduvas, também no oeste do Paraná, desde 2009 e, de acordo com a investigação, foi morta a mando da facção criminosa. O assassinato seria parte de uma ação do PCC para desestabilizar os sistemas prisionais de Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).

A organização considerava que o regime aplicado nessas unidades era opressor e não aceitava a falta de regalias ilícitas para os detentos como, por exemplo, a entrada de celulares.

Melissa foi escolhida por ser considerada um alvo fácil. Antes dela, outros dois agentes penitenciários já haviam sido executados pela facção com o mesmo objetivo

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