Ex-diretor de clube diz que matou Ana Paula Campestrini para prejudicar o ex-marido
Marcos Antonio Ramon, acusado de matar Ana Paula Campestrini Oganauskas, disse nesta sexta-feira (24) que foi ele quem articulou o crime. Ramon e o ex-marido da vítima, Wagner Cardeal Oganauskas, estão sendo julgados por envolvimento na morte de Ana Paula.
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O acusado confessou para o júri que matou Ana Paula Campestrini e que estava precisando de dinheiro por causa da dependência química. Marcos Antonio alegou também que se aproximou de Wagner para assumir a presidência do clube e que articulou o crime para conseguir o cargo.
“A forma de conseguir dinheiro seria afastando o Wagner da função dele de presidente, eu era o segundo dentro do clube, eu era diretor administrativo, depois passei a ser diretor administrativo financeiro e a minha projeção para presidente ia ser muito fácil tirando o Wagner do caminho, mas eu não conseguia tirar ele do caminho. Tentei me aproximar dele com amizade, não consegui, tentei me aproximar profissionalmente não consegui porque o Wagner não dava espaço para eu fazer isso. Eu busquei formas do que ele poderia ter de podre, de errado. Tentei buscar de todas as formas isso e não conseguia achar nada”
Ramon disse ainda que se aproveitou da briga de Oganauskas com a vítima para culpá-lo e afastá-lo das funções administrativas do clube.
Relembre o crime
Ana Paula Campestrini foi assassinada em frente ao condomínio onde morava com a nova companheira, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Ela tinha acabado de chegar em casa, de carro, e aguardava o portão do condomínio abrir quando foi surpreendida por um motociclista, que atirou contra o veículo várias vezes. A vítima morreu no local.
Segundo as investigações, Ana Paula voltava de um clube no qual o ex-marido, Wagner, era diretor, e Marcos era diretor financeiro. A vítima teria ido até o local para buscar a carteirinha do clube, que tirou para ter mais contato com os dois filhos. As visitas às crianças, segundo as investigações, eram dificultadas pelo pai.