"Fui eu que matei", confessa amigo de ex-marido de Ana Paula Campestrini

por Guilherme Fortunato
colaboração de Mônica Ferreira
Publicado em 24 fev 2023, às 09h07. Atualizado às 10h52.

Marcos Antonio Ramon, acusado de matar Ana Paula Campestrini Oganauskas, confessou no Tribunal do Júri de Curitiba nesta sexta-feira (24) que matou a vítima. Ele está sendo ouvido no segundo dia de julgamento. Ramon e o ex-marido de Ana Paula, Wagner Cardeal Oganauskas são réus no júri popular.

“Fui eu que matei a Ana. Fui eu que matei ela mas não dá forma que está sendo colocada ai”, confessou.

Marcos alegou que estava precisando de dinheiro por causa da dependência química e que precisava de uma forma de conseguir dinheiro.

“Na época que eu estava trabalhando no clube estava com dependência química, eu estava usando muita cocaína, eu era dependente químico, precisava de dinheiro”, disse.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Marcos, apontado como atirador, por homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e mediante paga – segundo as investigações, Wagner teria pago R$ 38 mil para que o amigo, Marcos, matasse a vítima. Ainda segundo a denúncia ele é acusado de fraude processual.

“O dinheiro que eu estava recebendo era pouco, eu estava morando de favor na casa da minha prima e eu tinha a pressão da minha ex esposa também pra pensão da minha filha e eu também precisava de dinheiro pra droga”, completou. 

Relembre o caso

Ana Paula Campestrini foi assassinada em frente ao condomínio onde morava com a nova companheira, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Ela tinha acabado de chegar em casa, de carro, e aguardava o portão do condomínio abrir quando foi surpreendida por um motociclista, que atirou contra o veículo várias vezes. A vítima morreu no local.

Segundo as investigações, Ana Paula voltava de um clube no qual o ex-marido, Wagner, era diretor, e Marcos era diretor financeiro. A vítima teria ido até o local para buscar a carteirinha do clube, que tirou para ter mais contato com os dois filhos. As visitas às crianças, segundo as investigações, eram dificultadas pelo pai.