Justiça dos EUA rejeita processo contra TikTok em caso de morte de criança

Publicado em 26 out 2022, às 17h28. Atualizado às 18h29.

Um tribunal dos Estados Unidos rejeitou um processo contra a TikTok que acusava a companhia de ser responsável pela morte de uma menina de 10 anos que participou do “desafio de apagão” promovido por usuários do serviço de vídeos curtos. O desafio encoraja os participantes a serem sufocados.

O juiz distrital Paul Diamond decidiu que a companhia é imune em relação ao processo sob o “Communications Decency Act”, que protege plataformas de mídia social.

Jeffrey Goodman, advogado da mãe da menina, Tawainna Anderson, afirmou que a família vai continuar “a lutar para tornar as mídia sociais seguras para que nenhuma outra criança seja morta pelo comportamento inconsequente da indústria.”

Representantes da TikTok não comentaram o assunto.

Anderson processou a TikTok e a dona chinesa ByteDance em maio, afirmando que o algoritmo do serviço mostrou à criança, Nylah Anderson, um vídeo sugerindo o desafio do apagão.

Em dezembro de 2021, Nylah tentou o desafio usando uma alça de bolsa pendurada no armário da mãe. Ela perdeu a consciência e teve ferimentos graves, segundo o processo. Ela chegou a ser encaminhada para um hospital mas morreu cinco dias depois.

TikTok e ByteDance agiram para que o caso fosse rejeitado, afirmando que, sob a seção 230 do Communications Decency Act, elas não poderiam ser consideradas responsáveis pela publicação de conteúdo de terceiros. O juiz Diamond, embora tenha reconhecido que as circunstâncias foram “trágicas”, concordou com a argumentação das empresas.

Por Brendan Pierson / Reuters / Nova York