Justiça do PR manda soltar suspeita de aliciar brasileiros presos com drogas na Tailândia
A Justiça Federal do Paraná, através da 9º Vara Federal em Curitiba, revogou a prisão preventiva e mandou soltar a paranaense suspeita de aliciar três pessoas para tráfico de drogas do Brasil para a Tailândia. A mulher havia sido presa no dia 5 de maio, em Curitiba, e ganhou liberdade provisória na última sexta-feira (20), mediante pagamento de fiança equivalente a dois salários mínimos.
O pedido da liberdade provisória foi feito pela defesa da suspeita, que argumentou que as investigações feitas pela Polícia Federal não verificaram que a mulher fosse uma aliciadora e participante da organização criminosa voltada ao tráfico internacional de entorpecentes. Ainda, os advogados apontaram que os objetos de interesse do inquérito já foram apreendidos, não justificando a prisão por “risco de obstrução das investigações”.
Na decisão da juíza federal substituta Sandra Regina Soares, além do pagamento de fiança, a suspeita de aliciamento foi proibida de frequentar aeroportos ou similares – já que ela é apontada como a pessoa que levou os suspeitos de tráfico até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais –, deve manter a Justiça informada sobre possíveis mudanças de endereço, comparecer aos atos do processo e não pode se ausentar do local informado como residência por mais de oito dias.
Prisão de suspeita de aliciar brasileiros
A mulher foi presa na Operação ONG BAK, da Polícia Federal, suspeita de aliciar os três brasileiros que embarcaram de Curitiba e foram presos no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia, quando tentavam entrar no país com 15,5 quilos de cocaína nas bagagens.
Os brasileiros se tratam de dois homens, de 27 e 24 anos, e uma mulher, de 22 anos. Eles foram detidos com cocaína no Aeroporto Internacional de Bangkok-Suvarnabhumi, localizado na Tailândia. O homem de 27 anos e a mulher foram flagrados embarcando juntos no Afonso Pena. Já o jovem de 24 anos viajou sozinho e é de Apucarana, no centro-norte do Paraná. As detenções ocorreram no dia 14 de fevereiro.
Até o momento, Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, moradora de Pouso Alegre (MG), foi condenada a 9 anos e 6 meses de prisão, sendo divididos em dois anos por crime civil e 7 anos e seis meses por crime penal. A decisão foi divulgada no dia 11 de maio.
Já o apucaranense Jordi Vilsinski Beffa foi ouvido pela corte de Samut Prakan no dia 18 de maio, mas o processo dele já está em investigação e ele segue preso sem sentença definida. O nome do terceiro preso, sua origem e andamento do processo não foram divulgados.