Justiça marca primeira audiência do assassinato do tesoureiro do PT no Paraná

Publicado em 28 ago 2022, às 16h44. Atualizado às 17h03.

A primeira audiência de instrução e julgamento, referente ao assassinado do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi marcada para o dia 14 de setembro. A sessão deve começar às 13h30, com a possibilidade de ser continuada no dia seguinte, conforme o tempo que levar cada oitiva, incluindo a do réu, o agente penal federal Jorge Guaranho.

Devem ser ouvidas as testemunhas de acusação, de defesa, os peritos que analisaram o crime e, por último Guaranho, que matou Marcelo a tiros no dia 9 de julho, por uma suposta divergência política. Pelo menos duas testemunhas devem ser ouvidas por carta precatória, pois moram em Magé (RJ).

A defesa de Guaranho ainda não informou se ele vai acompanhar a audiência presencial ou virtualmente. Ele está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Outro pedido do juiz foi que os peritos do Instituto de Criminalística informem quando devem terminar a perícia no aparelho celular de Guaranho e apresentem o laudo. Informações extra-oficiais dão conta que esta perícia pode terminar esta semana.

Relembre o caso do tesoureiro do PT

Marcelo comemorava seu aniversário no salão de festas de uma associação de Foz do Iguaçu. O tema da festa era Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT). Guaranho foi ao local uma primeira vez, houve um princípio de bate-boca e ele foi embora.

Depois Guaranho voltou e já foi atirando em Marcelo, que revidou e também baleou o agente penal. Marcelo morreu logo em seguida. Guaranho foi socorrido e sobreviveu. Ele ainda está sob cuidados médicos e precisa da ajuda de enfermeiros para quase tudo.

A defesa dele já pediu duas vezes à Justiça que a prisão preventiva fosse revertida para prisão domiciliar, o que foi negado pela Justiça. Guaranho chegou a ir brevemente, por dois dias, para prisão domiciliar. Mas conforme o juíz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, foi por falta de opção, pois o único presídio paranaense com estrutura médica para atender o preso, o CMP, havia declarado que não tinha estrutura técnica e humana para atender o paciente.

Dois dias depois, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) se manifestou nos autos do processo, dizendo que o CMP estava passando por reformulações e que tinha equipe médica e de enfermagem para atender as necessidades do réu. Com isto, ele foi transferido da prisão domicliar em sua casa, em Foz do Iguaçu, para o CMP, em Pinhais, no dia 13 de agosto.