Mãe de jovem morta pelo ex pede Justiça: “Não criei filha para ele matar”
A mãe da jovem Ketlin Vitória, morta a facadas em um pesque-pague em Colombo no último sábado (25), busca por Justiça e pede que o suspeito, ex-namorado da vítima, se entregue para a Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso, Mario Sergio Bradock, já afirmou que não há dúvidas da autoria do crime, mas o homem fugiu após o homicídio e não foi encontrado até o momento.
Muito abalada, a mãe de Ketlin fez um apelo para que o jovem se entregue e esclareça a situação para a polícia.
“Eu sofri muito para ela chegar onde ela chegou, eu fui mãe solteira dela, e eu não criei ela para ele matar, eu só quero que ele se entregue”,
desabafou a mãe da vítima.
O relacionamento de Ketlin e o ex-namorado durou aproximadamente dois anos, com muitas idas e vindas. Em áudios enviados para a família na última vez em que decidiu terminar o namoro, há cerca de um mês, a jovem pediu ajuda para sair da casa do rapaz e contou sobre agressões físicas e psicológicas.
“Ontem eu falei para ele, me deixa ir embora. Eu só quero ir embora. Ele me pegou pelo pescoço e me jogou na cama. Eu falei ‘só me dá o celular? Eu só pedir um [carro de aplicativo], vou ligar para a minha mãe, eu vou pra casa da minha mãe, é só isso que eu estou pedindo, eu só quero ir embora, eu não quero mais ficar com você’. Ele me destruiu, sabe? Me xingou um monte, falou um ‘montão’ de coisas”,
disse a jovem em áudio para a família.
No dia do crime era aniversário do suspeito e Ketlin tinha ido com ele e a família comemorar em um pesque-pague. No entanto, o homem teria descoberto que a vítima estava em um novo relacionamento e iniciou uma briga. Ketlin foi morta a facadas. Em seguida, o suspeito ainda teria mandado uma mensagem do celular dela para o novo namorado, o ameaçando de morte.
A Polícia Civil acredita que o crime tenha sido premeditado, já que o jovem estava armado com uma faca. No dia 13 de dezembro, Ketlin chegou a fazer um boletim de ocorrência contra o ex-namorado, mas não pediu medida protetiva por acreditar que tudo se resolveria.