MP denuncia prefeito de Toledo por improbidade em obra do Hospital Regional
A justiça acatou a denúncia do Ministério Público que acusa o prefeito de Toledo, Beto Lunitti, de improbidade administrativa na obra do Hospital Regional, na primeira gestão dele, em 2016. O MP diz que o habite-se e o termo de recebimento da obra foram irregulares, já que esses documentos só poderiam ser liberados na conclusão da obra, que ainda não foi terminada.
De acordo com a promotoria, esses documentos foram assinados sem vistorias básicas como da Copel, da Sanepar e do Corpo de Bombeiros. Essa já era uma questão que estava no primeiro processo em que Beto Lunitti foi réu, mas absolvido, no começo deste ano.
O MP pediu para desmembrar a parte do habite-se, do processo para ser tratado como uma denúncia separada, com a retirada inclusive de alguns nomes de secretários e diretores que faziam parte do Conselho do Hospital Regional, mas que para esse novo processo não foram citados.
Ainda de acordo com o juiz, a indícios que a liberação desses documentos haviam sido feitos para benefício da empresa, já que os últimos pagamentos só poderiam ser feitos com a liberação do habite-se.
Beto Lunitti, falou sobre o caso e relatou que ainda não foi notificado.
“O que se discute é o fornecimento do habite-se, importante que se fale, não é desvio de recurso, nada disso. Estou aguardando ser citado, e quando for citado começa a correr o prazo para interpor os argumentos jurídicos que nossos advogados estão tratando e certamente o juízo, junto com todos que analisam o processo, será feito o rito processual normal, sem nenhum problema. Estou tranquilo, porque não tenho temeridade do ponto de vista da ilibada condição que tenho das minhas atividades públicas, privadas e cidadãs.”
Beto Lunitti – prefeito de Toledo
Além de Beto Lunitti, são réus no processo, a ex-secretária de saúde na época, Denise Campos, José Carlos de Jesus, que era o diretor responsável pela obra, a construtora e o responsável pela empresa.
Novela
A comunidade aguarda há 20 anos pela obra que já custou mais de R$ 30 mi aos cofres públicos entre a construção e adequações. R$ 10 mi também já foram investidos na compra de equipamentos, que foram usados em outros hospitais para suprirem a demanda da pandemia.