Réu acusado de homicídio no Paraná em 1997 vai a júri popular 25 anos após crime

Publicado em 11 nov 2022, às 11h17.

Teve início na manhã desta sexta-feira (11) o júri popular de Mauri Valentin Salla, acusado de matar João Paes de Oliveira em janeiro de 1997. O crime aconteceu dentro do restaurante de um posto de combustíveis, no município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Após a ocorrência, o suspeito se apresentou à delegacia, porém, não foi preso.

Agora, 25 anos após o crime, Mauri estará no banco dos réus e pode ter a prisão decretada. Atualmente o acusado tem 61 anos e, segundo advogados, sofre com problemas de saúde.

“A Defesa de Mauri Valentin Salla, representada pelos advogados Samir Mattar Assad e Renato Vieira Ernesto, esperam que finalmente o julgamento ocorra para que o caso ocorrido há vinte e cinco tenha seu desfecho final. A Defesa tem confiança que a justiça prevalecerá pois o acusado, hoje sexagenário, está com sérios problemas de saúde e as provas demonstram que ele agiu em legítima defesa”, informou a equipe que defende Mauri.

O réu é acusado por homicídio simples e caso seja condenado pode pegar de 6 a 20 anos de prisão. Não é comum este longo intervalo entre o crime e o julgamento, neste caso, o réu mudou de localidade e só foi encontrado em 2006, quando o processo que estava suspenso voltou a tramitar.

Homicídio em posto de combustíveis

O crime aconteceu na noite do dia 11 de janeiro de 1997, em um restaurante de um posto de combustíveis, localizado na BR-116, em Quatro Barras. Por volta das 22h30, Mauri Valentin Salla, conhecido como Gaúcho, encontrou João Paes de Oliveira no local e ambos iniciaram uma discussão.

Mauri mostrou que estava com uma arma na cintura e sacou o revólver. Neste momento, João teria falado para ele atirar, se fosse homem. Na sequência, Mauri efetuou um disparo contra a cabeça da vítima, que caiu no local. O acusado de atirar deixou o local tranquilamente.

Dois dias após o crime, Mauri compareceu a uma delegacia e prestou depoimento. O homem contou que João era um ‘aprontador’ da região e causava problemas com outras pessoas tanto no posto, como no restaurante. O acusado ainda revelou que no dia do crime, no período da tarde, teria sido atacado por João com uma faca.

No júri popular desta sexta-feira (11), três frentistas e dois comerciantes da região são testemunhas. O julgamento ocorre no Fórum de Campina Grande do Sul.