O suposto ‘campo de extermínio’ encontrado em um sítio no estado de Jalisco, no México, continua sendo investido pela polícia nacional após descobertas chocantes no local. Entre elas está uma carta de amor escrita por um jovem de 21 anos.

A mensagem foi escrita à mão com uma caneta azul, como é possível ver na imagem acima:
“Meu amor, se um dia não voltar, só peço que lembre o quanto eu te amo. E dizer que minha raiva, birra e sangue são os meus piores”, em tradução livre do espanhol para o português.
De acordo com informações da BBC Mundo, o Ministério Público de Jalisco afirma que a pessoa que escreveu a carta “está viva e reunida com sua família desde outubro de 2024”.
Covas rasas, centenas de sapatos e restos mortais
Covas rasas, centenas de sapatos, restos mortais, brinquedos e incineradores de corpos foram outros objetos encontrados no local pelos agentes após uma denúncia anônima.
A principal suspeita é que o sítio, que leva o nome de Rancho Izaguirre, seria uma espécie de quartel de recrutamento do Cartel Jalisco Nueva Generación (CJNG). A organização criminosa é investigada por cometer assassinatos em massa na propriedade. Os crimes teriam ligação com o tráfico de drogas.
O que se sabe sobre o ‘campo de extermínio’ encontrado: identificação das vítimas
Conforme a promotoria geral do município de Jalisco, no local foram encontrados várias ossadas, pares de sapatos, pelúcias, brinquedos infantis e cápsulas de munições de armas longas.
Além disso, também foram identificados alguns fornos de cremação, suspeitos de dificultar a localização dos cadáveres e ocultar provas.
Em entrevista ao jornal New York Times, o analista de segurança na Cidade do México Eduardo Guerrero afirmou que “o número de vítimas que presumivelmente poderiam ter sido enterradas lá é enorme […] ressurgiu o pesadelo de que o México é atormentado por valas comuns”.
Atualmente, cerca de 120 mil pessoas estão desaparecidas no México. A polícia trabalha para identificar os restos e os itens pessoais localizados no ‘campo de extermínio’.
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