O presidente da Argentina saiu vitorioso das eleições legislativas do último domingo (26). O partido do mandatário, La Liberdad Avanza (LLA), conquistou mais de 40% dos votos, o que lhe garantiu 64 das 127 cadeiras que estavam em disputa na Câmara dos Deputados.

Quando o assunto é o Senado, o partido de Milei conquistou 13 das 24 cadeiras disputadas. Em contrapartida, o Força Pátria, maior partido de oposição, ficou com apenas 31 cadeiras na Câmara e 6 no Senado. Quando somados os aliados, o peronismo terá 44 mandatos na Câmara e 7 no Senado.
Apoio de Trump na vitória de Milei nas eleições
A virada eleitoral para Milei aconteceu com o apoio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Nas últimas semanas o norte-americano fez um acordo de swap cambial (espécie de contrato financeiro de troca de moedas entre os países) de US$ 20 bilhões, além de um montante igual para investimento em dívida, o que totalizou US$ 40 bilhões no caixa argentino.
O auxílio financeiro de Trump chegou em um momento de crise do governo de Javier Milei, que tem sido alvo de acusações de corrupção e resultados negativos no Congresso Nacional. Além disso, no cenário econômico o ultraliberal também vinha tendo reveses, como a desvalorização acentuada do peso argentino, além do despencar dos títulos públicos e das ações das empresas.
Durante entrevista nesta segunda-feira (27), Trump declarou que Milei teve “muita ajuda” dos Estados Unidos e classificou o resultado do pleito eleitoral como “grande vitória”.
“Ele teve muita ajuda de nossa parte. Eu lhe dei um endosso muito forte”, disse Trump.
O presidente dos EUA também disse estar se concentrando “muito na América do Sul”. A fala aconteceu um dia após a reunião com o presidente Lula (PT), em que os chefes de estado negociaram caminhos para o fim do tarifaço contra o Brasil.
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