Paranaense que estava em guerra na Ucrânia foge do país: "insustentável"

O paranaense Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, natural de Francisco Beltrão, no Paraná, fugiu da guerra na Ucrânia após quebrar o contrato que tinha assinado com o Ministério da Defesa do país. O jovem afirmou que a situação se tornou insustentável e que decidiu deixar a base militar na madrugada do último dia 12.

Segundo seu relato, postado em suas redes sociais, ele caminhou cerca de 20 quilômetros até conseguir uma carona. No total, percorreu mais de mil quilômetros em um trajeto que passou por Kharkiv, Kiev, Lviv e terminou na fronteira com a Polônia.

Paranaense relata fuga da Ucrânia em vídeo

Em vídeo publicado nas redes sociais, Lucas detalhou sua saga até a fuga. Ele conta como chegou à Ucrânia com a intenção de auxiliar com a tecnologia militar do país, especialmente na área de drones.

Contudo, logo foi designado para funções de infantaria, que o colocariam em pleno combate contra soldados russos. Ele afirmou ter sido enganado e que a situação se tornou insustentável.

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“A situação se tornou insustentável. Então peguei minhas coisas e iniciei minha jornada para sair da Ucrânia. Foram cinco dias de caminhadas e caronas, até que finalmente atravessei a fronteira e cheguei na Polônia em segurança. Bem, agora eu estou longe do leste europeu, graças a Deus”.

O jovem também agradeceu o apoio que recebeu durante o processo:

“Agradeço a todos que se preocuparam e me apoiaram, e espero que a minha história ajude a esclarecer o que aconteceu”.

Confira o vídeo completo aqui.

Paranaense que fugiu da Ucrânia ainda corre riscos

Apesar de ter conseguido escapar, Bueno pode responder por deserção, já que assinou um contrato de três anos com o exército ucraniano em junho de 2025. O documento previa, no mínimo, seis meses de “formação experimental”, em que a saída não era permitida.

Agora em segurança na Polônia, o paranaense avalia, junto com a família, se retornará ao Brasil ou se permanecerá na Europa.

Como paranaense foi parar na guerra entre Ucrânia e Rússia

• Em maio, Lucas viajou para a Ucrânia após arrecadar cerca de R$ 25 mil no Brasil.
• A promessa era atuar como operador de drones, com foco em tecnologia militar.
• O jovem recebia US$ 400 por mês no início, com expectativa de salários mais altos.
• Após quatro semanas de treinamento, foi realocado para a linha de frente em Kharkiv.
• Em vídeos, relatou ter sido enganado e temia pela própria vida.

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