O paranaense Lucas Felype Vieira Bueno, de 20 anos, nascido em Francisco Beltrão, vive um drama na guerra entre Rússia e Ucrânia. Em maio deste ano, ele se alistou como voluntário com a promessa de atuar como operador de drones, mas acabou sendo deslocado para a linha de frente em Kharkiv, uma das regiões mais atingidas pelo conflito.

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Lucas Felype Vieira Bueno, paranaense que está na guerra entre Rússia e Ucrânia, pode retornar para o Brasil apenas em dezembro deste ano (Foto: Reprodução/Instagram/@by_lucasz)
Lucas Felype Vieira Bueno, paranaense que está na guerra entre Rússia e Ucrânia, pode retornar ao Brasil apenas em dezembro deste ano (Foto: Reprodução/Instagram/@by_lucasz)

Em vídeos recentes publicados em suas redes sociais, o jovem paranaense afirmou ter sido enganado, já que deveria trabalhar apenas com tecnologia militar, mas está sendo obrigado a desempenhar funções de infantaria sem seu consentimento.

“Disseram que é treinamento, mas eu não acredito mais nisso”, revelou Bueno em um dos vídeos. Ele completou: “isso nunca foi o combinado”.

“Eu estou sozinho no meio de uma guerra”, diz paranaense no conflito entre Rússia e Ucrânia

O rapaz contou que o acordo inicial que o envolve na guerra entre Rússia e Ucrânia previa três meses de treinamento técnico, mas que, ao longo do processo, foi transferido para batalhões de combate direto.

Em seus vídeos, Bueno relatou que pediu ajuda à embaixada brasileira na Ucrânia, mas recebeu a resposta de que o caso deve ser resolvido diretamente com o exército ucraniano. O paranaense fez um apelo público pedindo ajuda e alertando outros brasileiros sobre os riscos de se alistar.

Após a repercussão de seus materiais, ele disse ter sido procurado por outros voluntários brasileiros que estão no país, que se ofereceram para ajudá-lo, embora o futuro ainda seja incerto.

Contrato impede retorno imediato de paranaense na guerra entre Rússia e Ucrânia

Bueno assinou contrato com o Ministério da Defesa da Ucrânia em 29 de junho de 2025. O documento tem validade de três anos e prevê um período mínimo de seis meses, chamado de “formação experimental”, durante o qual não é permitido o rompimento.

Isso significa que o jovem do Paraná só poderá deixar o país legalmente a partir de dezembro de 2025, salvo em casos de problemas de saúde ou emergência familiar. O contrato ainda prevê que, em caso de saída antecipada, o voluntário deve devolver os equipamentos ou reembolsar os custos.

A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro de 2022 e segue sem previsão para parar.

Como paranaense foi parar na guerra entre Rússia e Ucrânia?

O jovem de 20 anos vendeu bens no Brasil e arrecadou cerca de R$ 25 mil para viajar até a Ucrânia para ajudar com tecnologia militar no conflito contra a Rússia.

  • Ele recebeu promessa de treinamento técnico para atuar com drones.
  • Começou recebendo US$ 400 por mês (cerca de R$ 2,2 mil).
  • Havia expectativa de salários maiores, até R$ 23 mil, dependendo da função.
  • Após quatro semanas de instrução, foi realocado para a linha de frente.

O jovem paranaense disse que espera voltar com vida e que sua história sirva de alerta para outros brasileiros. Segundo ele, está sozinho no conflito e teme pelo futuro, mas quer que sua experiência evite que outros passem pela mesma situação.

“Se eu sumir, se algo acontecer comigo, vocês já sabem […]. Estou fazendo tudo o que posso para sair desta situação vivo. Que Deus me proteja”, finalizou Bueno.

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Jean Foss

Repórter

Jean Foss é formado em jornalismo e atua na área de comunicação há cerca de 10 anos. É especialista em entretenimento, cultura, trends de redes sociais, política, entre outros assuntos. Também possui experiência ampla com produções de artigos focados em SEO.

Jean Foss é formado em jornalismo e atua na área de comunicação há cerca de 10 anos. É especialista em entretenimento, cultura, trends de redes sociais, política, entre outros assuntos. Também possui experiência ampla com produções de artigos focados em SEO.