Ratinho diz que não há data para fim de isolamento e que pode decretar quarentena drástica no Paraná
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), disse nesta quinta-feira (9), 30 dias depois do primeiro caso do novo coronavírus (covid-19) confirmado no estado, que pode adotar medidas mais drásticas de quarentena caso a população não respeite o isolamento social, por enquanto, recomendado. “A batalha contra o coronavírus não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona. Serão três, quatro meses de enfrentamento”, diz.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), até ontem, o estado contabilizava 550 casos confirmados da doença e 17 mortes. “Não tem data definida para a retomada [das atividades] porque não sabemos quando isso tudo vai acabar. Sabemos que, por experiências mundiais, quatro meses tem sido o prazo para o retorno da normalidade, mas não sabemos”, complementa.
Ratinho disse que a uma quarentena vai depender do número de casos. “O gatilho para tomar uma decisão drástica de recolher todos é o aumento diário de casos no paraná. Se isso sair muito fora da curva, teremos que tomar uma decisão drástica. Por enquanto, a população está colaborando”, completou.
O governador do Paraná diz que não tem como afirmar se essas medidas mais drásticas acontecerão, nem quando. Mas afirmou que todos os dias o governo faz uma avaliação dos dados e do comportamento da população, baseada inclusive na percepção de movimento nas principais cidades, em ruas e ônibus.
Ratinho Junior esteve na manhã de hoje no Hospital do Rocio, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. O hospital isolou 52, dos 196 leitos de UTI, para pacientes com o novo coronavírus.