O inquérito que investiga a morte de Rachel Genofre deve ser finalizado nos próximos dias. Nesta quarta-feira (23), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) convocou a imprensa para uma coletiva com a delegada Camila Cecconello e o delegado Marcos Dontes, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba, para apresentar desdobramentos do caso

Nesta terça-feira (22), Carlos Eduardo dos Santos, deixou o presídio de Sorocaba, em São Paulo, por volta das 13h, para prestar depoimento em Curitiba. O homem chegou a capital paranaense no início da noite.

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Acusado deixou na tarde desta terça-feira (22) o presídio de Sorocaba com destino a Curitiba (FOTO: REPRODUÇÃO/ RIC)

Acusado da morte de Rachel volta a Curitiba

O acusado da morte de Rachel Genofre prestará novo depoimento à PCPR nesta terça-feira (22), para revelar outros detalhes sobre o crime. Caso haja contradição entre as informações que os investigadores já possuem com o versão de Carlos Eduardo, uma reconstituição do caso deverá ser marcada.

De acordo com os agentes da PCPR, entre as informações que devem ser confirmadas é o local onde o acusado morava, onde comprou a sacola que cometeu o crime, como realizou o transporte, quanto tempo ficou em Curitiba e onde trabalhava.

Às 18h20, desta terça-feira (22), Carlos Eduardo dos Santos chegou a sede da DHPP para prestar depoimento. A rua que dá acesso ao local foi bloqueada e o acusado chegou em uma viatura da PCPR.

Confira o momento da chegada do acusado:

Acusado está preso em São Paulo

acusado tem 54 anos e na época do crime morava a aproximadamente 700 metros da escola onde Rachel estudava. Segundo informações da Sesp, todos os dias, o homem fazia um trajeto semelhante ao da menina, visto que ele trabalhava em São José dos Pinhais.

As investigações apontam que Carlos Eduardo já havia observado a menina, que na época tinha nove anos. Para a polícia o caso está solucionado, pois exames com material genético confirmaram que o sangue encontrado junto ao corpo da Rachel é de um detento que está na penitenciária de Sorocaba.

Carlos Eduardo está preso desde 2016, condenado a 22 anos, e responde pelos crimes de estelionato e adultério, além de ser acusado de estupro. A ficha do homem de 54 anos é bastante extensa e de acordo com a Sesp, o primeiro crime cometido por ele foi em 1985, abuso sexual contra meninos.

Rachel Genofre foi encontrada dentro de mala

menina desapareceu no dia 03 de novembro de 2008, após sair da escola, que fica na Rua Emiliano Perneta, no centro de Curitiba, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo à Praça Rui Barbosa.

O corpo foi encontrado na madrugada do dia 05 de novembro, dois dias depois do desaparecimento, dentro de uma mala, embaixo de uma escada na Rodoferroviária de Curitiba.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a pequena foi estuprada, agredida, queimada com cigarro e morta por asfixia. Até hoje, ninguém sabe ao certo o que aconteceu entre a saída da escola até o corpo ser encontrado. Ao longo dos anos, o caso continua sendo lembrado e, durante esse tempo, pelo menos 200 exames foram confrontados com o material genético encontrado no corpo de Rachel.