A família da estudante de Direito Andriely Gonçalves da Silva reconheceu o corpo neste sábado (9)
Exatamente um mês após o desaparecimento de Andriely Gonçalves da Silva, de 22 anos, a família reconheceu, neste sábado (9), que o corpo encontrado na Serra da Graciosa, em Morretes, no Litoral do Paraná, no início da noite de sexta-feira (8), é da jovem.
Apesar de o corpo ter sido recolhido em estado elevado de decomposição (evitando o reconhecimento facial e exigindo um exame de DNA para identificação oficial do IML), uma blusa e a tatuagem encontrada no braço da vítima permitiram que a família reconhecesse Andriely.
Leia também: Pedestre embriagado provoca acidente e deixa policiais feridos
O corpo da jovem foi encontrado por funcionários responsáveis pela manutenção e limpeza da Estrada da Graciosa. Segundo uma testemunha, um dos trabalhadores, deixou seu capacete de motocicleta cair em um precipício. Foi então, ao ir atrás do capacete, que o cadáver foi encontrado, metade envolto em um saco plástico preto e com características de que alguém tentou colocar fogo na vítima antes de jogá-la no local.
Relembre o caso
Andriely foi vista pela última vez na madrugada do dia 9 de maio. Na ocasião, ela estava sozinha em seu apartamento, em Colombo, e conversava por chamada de vídeo com um amigo quando fez uma cara de pânico e a chamada caiu. Pouco tempo antes, ela teria dito que acreditava que alguém havia entrado no local, já que a porta estaria destrancada.
O policial militar Diogo Coelho, ex-marido da jovem, é o principal suspeito e está preso desde o dia 19 de maio. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os dois deixam o prédio, por volta das 3 horas da madrugada. Por isso, acredita-se que quem teria invadido o apartamento seria o próprio Diogo que já não vivia no local, mas ainda possuía as chaves da porta. Na quinta, o policial foi visto voltando sozinho ao apartamento.
Logo após o sumiço da ex-esposa e antes da prisão, Diogo foi internado no Hospital Militar com problemas psicológicos. Segundo seu advogado, essa foi a primeira vez que o policial apresentou esse tipo de sintoma. “Quem olha ele, realmente vê que eles está deprimido. O internamento se deu por causa de doença, não foi alibi nenhum”.
Sofrimento da família
No último domingo (3), a equipe da RICTV Curitiba conversou com Cleusa Gonçalves, mãe de Andriely, que, na ocasião, afirmou que o ex-marido da estudante e principal suspeito pelo desaparecimento, Diogo Coelho, teria dado a entender que a mulher poderia encontrar a filha na Serra da Graciosa. Durante a conversa, ele também teria afirmado que ela seria achada “sem o mesmo sorriso lindo que tinha antes”. “Estive frente à frente com o Diogo. Ele veio até a mim, se surpreendeu quando me viu. Fui até ele, e ele me deu um abraço e começou a chorar”, contou.
Leia mais: Mãe de Andriely tem reencontro emocionante com o ex da filha
O policial e a estudante de direito foram casados por quatro anos e há seis meses estavam separados. Eles não chegaram a oficializar o relacionamento, mas viveram no mesmo apartamento até o início do ano. Segundo pessoas próximas, o ex-companheiro estaria tentando reatar o relacionamento quando o desaparecimento aconteceu.