Dois homens suspeitos de matar homem com 40 facadas em Campo Largo são presos

por Giselle Ulbrich
com informações da repórter Daniela Servieri, do Cidade Alerta
Publicado em 18 out 2021, às 22h01.

Dois suspeitos do homicídio contra Alexandre Castro Cruz, 47 anos, ocorrido em Campo Largo, no mês de julho, foram presos pela Polícia Civil nesta segunda-feira (18). Com isto, todos os três suspeitos do crime estão atrás das grades: João Vitor Camargo Ribeiro Batista, o “Polenta”, de 20 anos, que se entregou no dia 7 de outubro, além de Felipe de Souza, 26 anos, e Jean Carlos da Silva, 21 anos, presos nesta segunda-feira. O motivo do crime ainda não está claro, se foi um latrocínio (roubo com morte) ou teve algum motivo pessoal entre vítima e assassinos.

Alexandre chegou a ser dado como desaparecido, até que dias depois foi encontrado morto num lago do parque Newton Puppi, em Campo Largo, com 40 facadas. Logo a polícia conseguiu imagens de câmeras de segurança, que mostrava a vítima andando com três outros homens, momentos antes do crime. João Vitor foi o primeiro a ser preso e apontou à polícia quem eram seus comparsas.

“Polenta” foi a pessoa que levou uma faca de açougueiro na mochila e disse ao delegado Haroldo Davison que, inicialmente, a intenção era apenas assaltar a vítima. Mas, como estavam muito drogados e bêbados e se desentenderam, acabaram matando a vítima e levando o par de tênis. Ainda afirmou que quem deu as facadas na vítima foram Felipe e Jean.

Prisões

Nesta segunda-feira, com a prisão de Felipe e Jean, a versão dada à polícia por um dos presos foi diferente. Felipe alegou que, primeiramente, atraiu Alexandre até o parque para que o trio o assaltasse. Lá, Jean deu uma gravata na vítima e foi “Polenta” quem desferiu os golpes. Quando “Polenta” cansou de tanto golpear, entregou a faca a Jean, que terminou de matar a vítima com mais alguns golpes. Felipe alega que ficou de longe, tentando convencer os amigos a não cometer o crime. Mas todos estavam tão bêbados e drogados que ele não conseguiu.

Jean ainda não foi ouvido. Será interrogado nesta terça-feira (19), quando o delegado irá confrontar os três depoimentos e buscar a verdade.

Mataram por quê?

O motivo do crime ainda não está bem claro para o delegado Haroldo Davison, que mostra que a vítima foi morta com muitas facadas, para tratar-se só de um roubo em que os supostos ladrões levaram apenas um par de tênis. Assim, ele vai investigar o que “Polenta” disse ao ser preso, em 7 de outubro, sobre um relacionamento sexual que teve com Alexandre. O delegado acredita em motivação pessoal para o assassinato.

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