Aeroporto de Foz do Iguaçu ganha a maior pista de pousos e decolagens do Sul

por Redação RIC.com.br
com Agência Brasil
Publicado em 7 abr 2021, às 15h35. Atualizado às 15h36.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente da República, Jair Bolsonaro, inauguraram nesta quarta-feira (7) a nova pista de pousos e decolagens do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas. A obra integra um pacote de investimentos estratégicos da Itaipu Binacional no Oeste do Paraná, que em parceria com o Governo do Estado tem como objetivo acelerar o desenvolvimento da região e transformar a cidade em um hub logístico na América Latina.

A pista ganhou 664 metros de extensão, passando de 2.194 metros para 2.858 metros, tornando-se a maior pista em aeroportos do Sul do Brasil. A ampliação vai permitir um maior fluxo de voos internacionais, que poderão decolar com mais segurança, já que a pista era considerada pequena para aeronaves de grande porte. Consequentemente, é esperado que a ampliação aumente o turismo na cidade.

A obra é fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional, a Infraero e o Governo do Estado. Na pista, o investimento total foi de R$ 53,9 milhões, sendo 80% oriundos da Itaipu. A ampliação é concluída cerca de 13 meses após seu início, que se deu oficialmente em 28 de fevereiro de 2020.

“Foz do Iguaçu é segundo destino turístico de estrangeiros no Brasil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro, e não tinha aeroporto para descer voos diretos dos EUA e da Europa. Precisávamos tirar essa pista do papel e seguir a vocação do turismo na cidade. Por isso, criamos o convênio entre Governo Federal, Governo do Paraná e Itaipu Binacional, que viabilizou as obras e elevou o patamar do nosso aeroporto”.

afirmou Ratinho Junior.

“É uma satisfação voltar ao Paraná para mais uma entrega, complementando as obras que a antecederam”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro. “Foz do Iguaçu tem uma das maiores maravilhas do planeta, as Cataratas, e agora vai receber voos do mundo todo. Tenho certeza de que todos vão ganhar”.

Leilão

O aeroporto de Foz do Iguaçu foi leiloado nesta quarta-feira junto de três outros terminais paranaenses: o Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba; o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais; e o Aeroporto de Londrina. O leilão integrou a sexta rodada de concessões de aeroportos brasileiros à iniciativa privada, que prevê a ampliação, manutenção e exploração da infraestrutura dos terminais durante 30 anos.

O Bloco Sul, do qual os terminais paranaenses fazem parte, foi arrematado pelo valor de R$ 2,128 bilhões, um ágio de 1.534% da proposta inicial mínima de R$ 130,2 milhões. O lance foi dado pela Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR.

O Aeroporto de Foz do Iguaçu é um dos que receberá maiores investimentos, na casa de R$ 512,3 milhões. Segundo o edital, ele deve crescer 4% ao ano a partir de 2025, o que vai exponencializar o número de voos internacionais. Assim, a cidade se consolida ao mesmo tempo como um polo turístico e logístico para o País. Além da nova pista, as obras também devem incluir ampliações do terminal de passageiros, do pátio da aviação comercial e das novas pontes de embarque, além da construção de novas áreas de taxiamento.

“É um dia muito importante para o Paraná. Concedemos quatro aeroportos paranaenses em um leilão em que o investimento de outorga mínimo era de R$ 130 milhões, e acabou fechando em R$ 2,1 bilhões, sendo que cerca de 70% disso será investido aqui no Estado. Possivelmente não teríamos chegado a esse valor de outorga se não tivéssemos inaugurado a maior pista do Sul do Brasil”, pontuou Ratinho Junior.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o País tem o desafio no pós-pandemia da geração de empregos, o que renova o compromisso com investimentos. “Temos que ter noção que em breve vamos competir com todos os países do mundo em busca de oportunidades, e temos que sair na frente. Estamos melhorando a qualidade da prestação de serviços para os usuários”, pontuou no leilão dos aeroportos, realizado na sede da B3, em São Paulo.