Suspeito de matar ex-policial em Curitiba é preso no Uruguai após forjar a própria morte

por Guilherme Becker
reportagem da RIC Record TV Curitiba
Publicado em 24 jul 2020, às 14h28.

O Departamento de Capturas Internacionais da Interpol prendeu nesta sexta-feira (24), no Uruguai, Hernandes de Oliveira da Silva, também conhecido como Maik ou Baixinho, suspeito de envolvimento no homicídio do ex-policial civil Samir Skandar e do porteiro Alvari de Paula Silva. O crime aconteceu em novembro de 2019, no Bairro Alto, em Curitiba. Além deste suspeito, outros dois homens já haviam sido presos nos últimos dias. 

De acordo com Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Paraná, os crimes realizados em Curitiba caminham para a resolução. Entretanto, a organização criminosa, suspeita de promover tráfico internacional de drogas, continuará sendo investigada pela Interpol.

Suspeito forjou a própria morte

O nome de Maik foi divulgado na última semana como procurado pela Interpol. Segundo a delegada Tathiana Guzella, da DHPP, o homem é suspeito de envolvimento na morte do ex-policial civil Samir Skandar. Ambos estariam fazendo parte da mesma organização criminosa, porém, por ser ex-policial e não cumprir uma missão de Maik, o homem acabou sendo morto.

“O Samir passou a integrar pouco antes da morte, poucos meses antes da morte, a própria organização criminosa. Ocorre que a organização perdeu várias cargas na estrada vindo Paraguai – Curitiba. Com isso eles passaram a pensar quem estaria delatando estas cargas […] Eles dão uma ordem para Samir pra sequestrar um outro integrante da organização, que também, morava em Curitiba, apelidado de papa-léguas. Só que Samir não cumpre essa ordem e chama a atenção da quadrilha […] Maik descobre que Samir era policial civil e questiona ele”, comentou Guzella sobre a ordem cronológica dos fatos.

Poucos dias depois, Samir Skandar e o porteiro foram encontrados mortos dentro do carro, em um barracão localizado na Linha Verde, em Curitiba. Os suspeitos fugiram do local e passaram a ser procurados pela Interpol, pelo crime de tráfico internacional de drogas. Para despistar os agentes, Maik forjou a própria morte no Paraguai.

“Quando ele simulou  própria morte no Paraguai logo veio a informação aqui para nós. Em seguida já iniciamos a busca desses documentos e conseguimos a informação de que a morte teria sido simulada”, contou Guzella.

Nesta sexta-feira (24) Maik foi encontrado no Uruguai. Com ele foi apreendido em dólares e peso uruguaio uma quantia equivalente a R$ 351 mil. Confira mais informações: