Dois anos após crime, família de engenheiro cria outdoor para pedir justiça: “Ausência é irreparável”
No próximo dia 20 de maio a morte do engenheiro Douglas Junckes completará dois anos. Com o principal suspeito pelo crime respondendo em liberdade, a família da vítima clama por justiça e nesta semana resolveu colocar um outdoor, no bairro Juvevê em Curitiba, onde aconteceu o crime. De acordo com as últimas informações do processo, o morador que desferiu os disparos irá a júri popular por homicídio simples.
Outdoor cobra justiça pela morte de engenheiro
O crime aconteceu em um domingo. Após chegar de viagem, o empresário Antônio Humia Dorrio foi até o apartamento do engenheiro Douglas Junckes e pediu para ele abaixasse o volume do som. Os dois iniciaram uma discussão, entraram em luta corporal e na sequência houve os disparos.
No início deste ano, a defesa do empresário, que ficou menos de um mês preso, entrou com recurso para retirar as qualificadoras do homicídio e teve resultado positivo. Agora, Antônio Humia deve ser julgado por homicídio simples.
Indignados com a demora do processo e com o principal suspeito solto, os familiares resolveram colocar um outdoor na rua Alberto Folloni para pedir justiça. “É horrível. A nossa família está desolada, não há um sopro de vida. A gente queria que esse sujeito permanecesse no mínimo preso, para cumprir justiça”, contou Eduardo Regis Junkes, irmão da vítima.
“A saudade que amigos e familiares sentem é imensa, sua ausência é irreparável”, está escrito no outdoor ao lado da foto de Douglas.
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Relembre o caso
O crime ocorreu no final da tarde de 20 de maio de 2018, um domingo, em um condomínio de classe média no bairro Juvevê, região nobre da capital paranaense. Na ocasião, o empresário, que vivia no 5º andar, foi armado até o apartamento de Douglas, no 4º andar, para reclamar do som alto. Houve uma discussão, os dois entraram em luta corporal e a vítima acabou atingida por três disparos: dois na cabeça e um no peito. O próprio acusado também foi ferido no braço por um tiro.
Douglas morreu dentro de seu próprio apartamento enquanto o empresário, mesmo com ferimento, dirigiu até o Hospital Cajuru para ser atendido. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia logo após ser medicado. Ainda em junho de 2018, Antônio deixou a prisão.
Para a família da vítima a Justiça é a última esperança. “Nós queremos Justiça. A gente sofre todos os dias. É inesquecível, a saudade então é muito difícil”, disse o pai emocionado.
Em depoimento, Antônio afirmou que matou o vizinho para se defender. “Sem dúvidas, eu jamais queria que isso tivesse acontecido, mas eu tava lutando pra viver”, declarou.
No dia seguinte ao crime, a vítima embarcaria para um tour na Europa, com uma banda que participava.