Projeto de lei contra 'sommeliers' de vacina segue para plenário da Câmara de Curitiba

por Caroline Maltaca
com informações da CMC e supervisão de Rodrigo Sigmura
Publicado em 18 ago 2021, às 16h43.

Os vereadores de Curitiba votaram simbolicamente, nesta quarta-feira (18)m o projeto de lei que pretende mandar os chamados “sommeliers” da vacina contra a Covid-19 para o fim da fila da imunização. Durante a sessão, o regime de urgência da PL foi aprovado pela maioria. Com isso, a proposta elaborada pelos vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD) e Marcelo Fachinello (PSC) segue para análise em plenário na próxima terça-feira (24).

“A escolha da vacina é extremamente prejudicial no combate à Covid-19 porque atrasa a vacinação”,

pontuou Márcio Barros, responsável pelo protocolo do projeto.

Na justificativa da PL, consta o objetivo de suspender o direito temporariamente daqueles que recusem uma vacina devido a sua fabricante e as remanejá-las para o fim do calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI), ou seja, só após todas as outras pessoas já estarem vacinadas.

A decisão corre com urgência porque, segundo os autores, o assunto envolve questões sérias:

“Não faria sentido se a gente esperasse passar toda a vacinação. Em Pinhais, na região metropolitana, já mandou mais de 60 pessoas para o fim da fila. Em São Paulo, só agora em agosto, 1,6 mil pessoas foram passadas para o final da fila”,

disse Fachinello.

Para Denian Couto (Pode), se o projeto não for votado agora “não teria muito sentido”, já que entre a aprovação e a sanção da lei, a população adulta já poderá ter sido imunizada.

Além de Barros e de Fachinello, o requerimento de urgência foi assinado por Alexandre Leprevost (Solidariedade), Carol Dartora (PT), Dalton Borba (PDT), Ezequias Barros (PMB), Herivelto Oliveira (Cidadania), Mauro Bobato (Pode), Pastor Marciano Alves (Republicanos), Pier Petruzziello (PTB), Professora Josete (PT), Sabino Picolo (DEM), Sidnei Toaldo (Patriota) e Tito Zeglin (PDT).

“Nenhuma delas tem 100% eficácia, mas todas têm a eficácia necessária”, declarou. O “sommelier”, completou, “escolhe ficar no lado da vulnerabilidade, correndo o risco de ser infectado, de precisar de vaga na UTI”, disse Barros.

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