Praça da Espanha: Laudo de jornalista morto dá negativo para efeito de álcool e drogas

Publicado em 13 jun 2019, às 00h00.

O laudo da Polícia Científica do Paraná relatou que o Andrei Francisquini não estava sob efeito de álcool ou drogas, na noite do dia 12 de maio, quando foi abordado e morto a tiros por policiais militares na Praça da Espanha, em Curitiba.

Em entrevista ao Balanço Geral, o advogado da família de Andrei Francisquini, Paulo Cristo, relata os últimos momentos do jornalista morto. “Ele [Andrei] janta com a mãe, vai até a Vicente Machado, toma um copo de cerveja, que estava levando para o carro. E provavelmente seja a única ingestão de álcool que ele tenha feito no dia.” diz o advogado da família de Andrei Francisquini.

Paulo Cristo também relatou a divergência das munições com as armas apresentadas pela Polícia Militar. “O laudo conclui que outra arma estava no local do crime. Só foram apresentadas três armas da equipe policial que fez a abordagem. Só que vários policiais participaram daquela operação. Como que pode fragmentos de munições desconhecida estarem no corpo e no corpo de Andrei?” questiona Cristo.

Versão da Polícia Militar

A Polícia Militar pela primeira vez se manifesta a esse respeito. “Existe realmente uma arma, que foi apreendida no local, mas as digitais não podem ser associadas a uma pessoa. A arma que estava no veículo ela não foi utilizada, por essa razão inclusive não foi solicitada nem perícia, porque ela não foi utilizada”, afirmou o coronel Carlos Eduardo Rodrigues Assunção, diretor de apoio logístico da PM.

Para o coronel, o contexto indicou uma reação dos policiais. “Todo o contexto, indica que havia uma situação de reação. E esta reação inclusive utilizando o veículo como arma. A Polícia Militar, e as polícias em geral, acabam atuando em situações para preservar sua integridade ou integridade de terceiros. A situação exigiu esse tipo de procedimento policial”, relatou Assunção em entrevista ao Balanço Geral Curitiba.