Família de professor morto em Ponta Grossa se revolta com suspeitos soltos “isso é justo?”
O crime contra o professor Lucas Ferreira de Oliveira, de 39 anos, aconteceu em dezembro, na cidade de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná. Dois meses após o homicídio, a investigação identificou três pessoas que podem ter envolvimento na morte, entretanto nenhum está preso. A ex-mulher até chegou a ser presa, mas foi liberada. Agora, a família da vítima clama por justiça.
De acordo com a família de Lucas Ferreira, o professor, que morava em São Paulo, havia ido a Ponta Grossa para visitar o filho, que recentemente completou 5 anos. O garoto morava com a mãe, que era ex-mulher de Lucas, e o pai visitava o menino pelo menos uma vez por mês.
Em dezembro, Lucas foi até a cidade paranaense, porém, não retornou mais. O homem ficou desaparecido por sete dias e foi encontrado morto em uma mata no dia 22 de dezembro. A ex-mulher, Patrícia chegou a ser presa, revelou detalhes de onde estaria o corpo e apontou outras duas pessoas na participação do crime, entretanto já está solta.
“Com a participação dela nós conseguimos localizar o corpo da vítima. Ela indicou onde esse corpo poderia ter sido dispensado, pelos outros autores. Também levou a identificação desses outros dois que a polícia está atrás”, contou o delegado Jairo de Camargo.
Professor morto em Ponta Grossa
Após a prisão da ex-mulher, a polícia iniciou as buscas contra as outras duas pessoas que teriam envolvimento. De acordo com o delegado, os homens seriam o ex-namorado de Patrícia e um amigo.
“Durante esses trabalhos começou a aparecer alguns documentos dessa vítima, em alguns locais da cidade. Uma carteira e identificamos que haviam feito uma compra com o cartão de crédito da vítima. A partir deste momento e também partindo do último local que ele foi visto, a polícia começou a desvendar a participação e como que foi a realização desse homicídio. Nós sabemos quem são os participantes, mas a motivação para termos com definitividade esclarecida, nós precisamos ter aí a versão destes dois, que a polícia ainda está no encalço”, declarou o delegado.
Apesar da ex-mulher saber detalhes importantes do crime, o advogado de Patrícia alega que ela foi informada pelo ex-namorado. “No curso da investigação ela recebeu um telefonema, isso foi pelo dia 18, 19 de dezembro, informando ela que o Lucas estava morto e que possivelmente estaria o corpo no local que se chama Chácara Santa Tereza, aí nas redondezas de Ponta Grossa”, revelou Davi de Paula Quadros, advogado de Patrícia.
Família de vítima implora por justiça
Em São Paulo, Lucas Ferreira tinha família e estava noivo de outra mulher. Dois meses após a morte do professor e com nenhum suspeito preso, os parentes clamam por justiça e pelo bem do pequeno Miguel.
“No meio disso tudo tem o Miguel, que é uma criança de 5 anos, que teve o pai assassinado. Ele perdeu a única pessoa que poderia dar o melhor e o amor mais bonito que ele poderia receber. Tem uma música do Renato Russo, Ventos no Litoral, que ele adorava e eu amo também, que fala dos nossos planos que tem mais saudade.E os nossos planos eram lindos, nós já tínhamos uma história linda. Ele sempre falava que a nossa história era linda e deveria ser contada para todo mundo. Perdi o amor da minha vida, estou vivendo em um inferno e a pessoa que cometeu, que fez esse inferno está solta, e com o filho, com o Miguel. Isso é justo?”, suplicou a ex-noiva.
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