Volta às aulas no Paraná só deve acontecer após vacinação de professores, prevista para maio, diz governador

Publicado em 30 mar 2021, às 11h01.

Conforme o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, as aulas presenciais nas escolas da rede estadual de ensino só devem acontecer após a vacinação dos professores contra a covid-19, prevista para maio. A confirmação foi feita durante uma entrevista para o programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan Curitiba, na manhã desta terça-feira (30). 

“Assim que a gente fechar o ciclo de 60 anos, o que eu acredito que até meados de abril a gente vai vacinar todos de 60 anos, vamos começar a vacinar os nossos policiais e professores. Isso vai ajudar a gente até meados de maio estar voltando, se Deus quiser, para as salas de aula”.

Disse Ratinho Junior.

Ao ser questionado sobre as aulas presenciais só serem liberadas após a vacinação, o governador confirmou: “se a gente conseguir vacinar antes, ótimo, a gente volta antes, mas eu estou dando em prazo esse mês de abril para a gente poder vacinar”, pontuou. 

O governador ainda ressaltou a importância do lançamento da campanha de vacinação de domingo a domingo no Estado, que promete dar mais celeridade para as imunizações em combate ao novo coronavírus. A ação teve início neste final de semana (28). 

Compra de vacinas 

Ratinho Junior ainda falou sobre a tentativa de negociação de vacinas contra a covid-19 com diversos laboratórios que produzem o imunizante, mas que não foram para a frente por falta de liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

“Desde o ano passado, de agosto, eu tenho conversado com vários laboratórios, então eu conversei com o Gamaleya, que é o laboratório da Sputnik, eu conversei com a Pfizer em 7 de outubro, com o presidente da Pfizer na América do Sul, antes de ela ser aprovada já estávamos conversando, falei com os chineses da Sinopharm, que é concorrente do laboratório da Sinovac, falamos com o pessoal da  Janssen, que é da Johnson & Johnson, então assim, nós temos pedidos de compra e de conversa com todos esses laboratórios. Isso feito por escrito, documentado com eles”, disse o governador.

“O que eu acredito é que quem vai salvar os brasileiros é a Fiocruz e o Butantan. Esses dois laboratórios. Nós estamos vendo na Europa, ela tá segurando toda a sua produção de vacina, eles não estão dando conta de vacinar e os laboratórios não estão dando conta de entregar para eles aquilo que foi compromissado. Então eu também não acredito que, a curto prazo, esses laboratórios vão conseguir atender o Brasil, mesmo conversado, mesmo contratado, enfim, o volume de necessidade de vacina é muito grande.” 

Argumentou Ratinho Junior.

A expectativa é de que novas remessas de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde cheguem no Estado nos próximos dias.