Hiperuricemia: o que é, quais as causas e forma de tratamento
A palavra hiperuricemia passou a ser uma das mais buscadas no Google depois que o Hospital Santa Cruz, de São Paulo, confirmou a morte de um jovem de 26 anos por Covid-19.
Isso porque, segundo a instituição de saúde, a vítima estava em tratamento para a doença em questão.
Por isso, o RIC Mais preparou um guia com todas as informações sobre o que é, as possíveis causas, tratamento, dieta, entre outros, para você entender um pouco mais sobre o assunto. Confira!
O que é hiperuricemia e gota
A hiperuricemia, popularmente conhecida como ácido úrico, é a presença de níveis altos de ácido úrico no sangue.
Ela pode levar à Gota, doença inflamatória que atinge sobretudo as articulações, e em alguns casos ao acometimento renal (nefrolitíase por uratos).
A presença de hiperuricemia também é associada a fatores de risco como:
- Hipertensão arterial;
- Hiperlipidemia;
- Diabetes e doenças cardiovasculares.
Quais são as causa
O ácido úrico é naturalmente produzido pelo organismo humano e é o resultado da quebra de moléculas de purina – proteína contida em muitos alimentos.
Depois de degradado parte dele permanece no sangue, enquanto o restante é eliminado pelos rins.
O nível de ácido úrico no sangue pode subir pelos seguintes motivos:
- porque sua produção aumentou muito;
- porque a pessoa está eliminando quantidade insuficiente pela urina;
- pelo uso de certos medicamentos.
De acordo com o site Drauzio Varella, quando ocorre a hiperuricemia, cristais de urato de sódio, pequenos e no formato de agulhas, se depositam em vários locais do corpo humano, principalmente nas articulações, mas também nos rins, sobre a pele, entre outros.
Classificação:
A doença é classificada como primária ou secundária:
- hiperuricemia primária: quando é um problema do próprio metabolismo (como nefropatia juvenil), idiopática (sem causa conhecida) ou causado por dieta com excesso de purinas.
- hiperuricemia secundária: quando a elevação se deve a doenças pré-existentes (como diabetes, alcoolismo, nefropatias, certos tumores, ) ou por drogas que alteram a produção e excreção de ácido úrico como algumas quimioterapias, anti-inflamatórios, ácido acetil salicílico (aspirina) e diuréticos.
Sintomas da Hiperuricemia
Muitos pacientes são assintomáticos, mas quando manifestados os sintomas da presença elevada de ácido úrico no sangue são:
- Dores nos joelhos, tornozelos, calcanhares, dedos do pé, ou outras articulações;
- Cálculos renais/nefrolitíase (pedras nos rins). Em casos graves pode levar a insuficiência renal aguda ou crônica;
- Infecções renais;
- Náusea e vômito;
- Formação de depósitos de ácido úrico nos tecidos;
- Pele irritada, vermelha e dolorida nos pés ou pernas
- Sangue na urina.
Forma de Tratamento da Hiperuricemia
Pessoas com o distúrbio metabólico precisam evitar uso de diuréticos, anti-inflamatórios, de estresse físico e seguir uma dieta recomendada por profissionais.
Quando necessário medicamentos que inibem a produção de ácido úrico ou que aumentam a sua excreção também podem ser indicados.
Sobre a dieta
Na dieta, portadores de hiperuricemia precisam evitar a ingestão de alimentos com concentração excessiva de purina – carne vermelha, frutos do mar, peixes, como sardinha e salmão, e miúdos, entre outros.
Por outro lado, leite e seus derivados parecem melhorar a eliminação de ácido úrico e, por isso, costumam ser incluídos no cardápio.
- Também é indicado beber muita água;
- Optar por alimentos não industrializados;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Coronavírus e doenças renais crônicas
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, pessoas que têm Doenças Renais Crônicas (DRC) são mais vulneráveis ao novo coronavírus porque não produzem hormônios renais e têm baixa imunidade.
Por isso, elas fazem parte do chamado grupo de risco da Covid-19.