Advogado afirma que jovem está preso injustamente por assalto há 17 dias; veja imagens
O advogado de Regeraldo Francisco Weber Carneiro, de 25 anos, solicitou o relaxamento da prisão de seu cliente – detido desde 12 de junho pelo roubo de um carro – porque, segundo sua alegação, vídeos comprovam que o homem não é o culpado pelo crime cometido no bairro Campo de Santana, em Curitiba.
De acordo com Airton Adonsk Junior, no dia crime, o Chevrolet Corsa foi roubado, durante um assalto a mão armada, a cerca de 3 Km de distância da residência do acusado. Pouco tempo depois, o criminoso estacionou o veículo em frente à casa de Regeraldo e deixou o local.
Ainda no mesmo dia, o carro foi localizado pela polícia e Regeraldo preso em flagrante porque a vítima o reconheceu como sendo o assaltante. No entanto, para o defensor, câmeras de segurança, instaladas em uma residência vizinha, mostram que ele já estava na residência quando o veículo foi abandonado na calçada.
O advogado acredita que a vítima confundiu as características do assaltante e a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, responsável pelo caso, não levou em conta os vídeos das câmeras de segurança para efetuar a prisão.
Câmeras de segurança
Airton explica que nas imagens, é possível ver que Regeraldo chega em casa de bicicleta às 17h42 e o boletim de ocorrência aponta que o assalto foi cometido às 17h45, ou seja, conforme ele, não há como percorrer uma distância de 3 Km de bicicleta em 3 minutos.
Na sequência, às 17h55, o assaltante chega e estaciona o carro roubado, ao mesmo tempo em que um segundo veículo para do outro lado da rua e deixa uma mulher e uma criança, que entram na casa em frente a de Regeraldo. Por fim, o criminoso entra no carro que trazia os passageiros e vai embora.
Mais tarde, às 19h, Regeraldo é filmado quando sai para ir até uma mercearia e retorno às 19h03.
Para o advogado, Regeraldo está preso mesmo sendo inocente “sem qualquer prova ou indício cabal de que tenha participado do referido crime, as provas de sua inocência estão nos vídeos apresentados e não foram sequer levados em consideração”, enquanto o verdadeiro assaltante continua solto.
O defensor ainda ressalta que seu cliente não possui antecedentes criminais e era funcionário do Centro de Abastecimento do Paraná (CEASA), mas acabou demitido após sua prisão.
Atualização
Em nota, a Polícia Civil do Paraná informou que o homem foi autuado após o reconhecimento da vítima. Veja na íntegra:
“Na data do fato, quem atendeu a ocorrência foi a Polícia Militar, e posteriormente o homem foi autuado pela PCPR após o reconhecimento da vítima. O inquérito foi concluído e encaminhado à justiça. Mais informações devem ser verificadas diretamente com o judiciário.”