Caso Daniel: família Brittes não segura o choro durante segundo dia de audiência
Nesta terça-feira (2) acontece o segundo dia de audiências do caso Daniel Correa. Durante a manhã, mais testemunhas da defesa estão sendo ouvidas no Fórum de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, sobre a morte do jogador Daniel Correa.
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Edison Brittes é o primeiro a chegar
Edison Brittes, réu confesso e principal responsável pela morte do jogador, foi o primeiro dos réus a chegar no fórum, às 9h. Veja imagens abaixo!
Em nota, a defesa da família Brittes informou que a expectativa é de que as audiências de hoje transcorram dentro do que prevê a lei processual, e ao final de todo o processo de depoimentos vai se manifestar sobre toda a prova judicialmente produzida.
Pai de Cristiana Brittes é ouvido
Até o momento, seis testemunhas foram ouvidas. Entre elas, o pai de Cristiana, Pedro Rodrigues, que pediu perdão para a mãe de Daniel pelo crime.
Além disso, Pedro defende a filha e diz que Cristiana é uma boa pessoa, e jamais incentivaria um ato de violência, e que também foi vítima do jogador, já que ele foi pego de cuecas em sua cama enquanto ela dormia.
Visivelmente abalados, o choro de Allana, Cristiana e Edison não foi contido durante o depoimento de Pedro. Edison chorou muito ao ouvir o sogro falar sobre a construção da casa onde a família mora. “Ele fez todo o trabalho braçal, construiu a casa junto comigo”.
Em determinado momento, Pedro relata o sofrimento da filha mais nova do casal, que enfrenta problemas psicológicos devido a tudo que aconteceu: ali a família desaba e chora copiosamente na sala de audiência.
Ao ser questionado se Cristiana comentou com o pai sobre como o crime havia acontecido, Pedro diz que não, e que apenas sabe o que viu na mídia, pois ele e Cristiana não conversaram sobre os fatos durante as visitas.
Além disso, Pedro apenas fez visitas a filha e a neta, e nunca ao genro Edison.
Seis testemunhas ouvidas
Até agora, seis testemunhas foram ouvidas, sendo elas o pai de Cristiana, a gerente do banco onde Allana Brittes trabalhou, o primo de Allana, uma testemunha sigilosa, e duas amigas de Allana.
Ainda não é possível informar quantas testemunhas serão ouvidas nesta terça-feira. O processo é composto por sete réus, cada qual com sua relação de testemunhas, em que muitas vezes a oitiva vai se adaptando no decorrer do dia, dependendo das ausências e presenças e ao tempo que cada depoimento leva.
Caso Daniel: 1 de abril
Nesta segunda-feira (1), as audiências do caso Daniel foram retomadas após um mês. O primeiro dia teve início com uma hora e meia de atraso.
Ontem, 25 pessoas foram ouvidas, sendo essas em sua grande maioria testemunhas abonatórias, que normalmente traçam um perfil positivo dos réus.
O chefe de segurança da casa noturna, onde aconteceu o aniversário de Allana Brittes, confirmou que as câmeras de segurança da casa registraram toda a movimentação dos convidados durante a noite.
Segundo o funcionário, o jogador Daniel teria importunado uma garota na festa, que acionou amigos para defendê-la, ocasionando uma confusão que precisou de interferência dos seguranças.
As mães de Ygor Kink e David Willian também prestaram depoimento e pediram perdão pela morte do jogador.
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A princípio, quatro dias foram reservados nesta segunda fase do processo para ouvir as testemunhas de defesa.
Em seguida, os sete réus serão ouvidos. Depois dessa fase, a Justiça irá analisar o argumento da defesa e da acusação e vai definir se os acusados irão ou não a Júri Popular.
Amigo de Daniel diz que foi beijado por Cristiana
Uma testemunha afirmou durante seu depoimento no dia 19 de fevereiro que beijou Cristiana Brittes durante a festa de aniversário de Allana.
Segundo o jovem, ele não havia revelado esse fato à polícia por medo. Em depoimento, ele disse que saiu do camarote onde estavam os convidados de Allana, e estava no bar conversando com uma mulher quando foi surpreendido com um beijo, um selinho na boca, de Cristiana.
Quando questionado sobre ter feito algo a respeito, ele declarou que de longe fez sinais de não estar entendendo e não fez nada.
Fotos de Daniel com Cristiana Brittes
Ainda conforme o depoimento, a foto tirada pelo jogador ao lado de Cristiana e, em seguida compartilhada pelo WhatsApp, a princípio foi enviada por Daniel apenas para um amigo.
Somente no outro dia, quando o jogador estava desaparecido, esse amigo enviou a foto a um grupo pois suspeitou que o sumiço tivesse relação com a mulher na fotografia.
“Mataram ele aos poucos”, diz mãe de Daniel
Visivelmente abalada, a mãe de Daniel não tem medido esforços para que a justiça pela morte do filho seja feita.
Após uma discussão entre advogados presenciada pela família da vítima, Elaine falou com a imprensa antes de entrar na sala para prestar o seu depoimento.
Ao ser questionada sobre o fato de querer acompanhar todas as audiências do caso, a mãe de Daniel rebate: “Eu não faço questão de nada. Nem da presença nem da ausência deles”.
“Eles não significam nada pra mim. O que significa pra mim, o que significava, era meu filho. Agora eles, estando presentes ou não, não faz diferença”.
Além disso, Eliana afirma que ficou sabendo que os acusados tinham receio de ela os agredir com palavras. “Eu não vou agredir com palavras. O que eles tem que passar como humilhação eles já estão passando. A humilhação deles é essa aí, andar algemado, acorrentado. Eu não preciso humilhar ninguém, eu só precisava do meu filho aqui, mas ele não tá”.