Caso Eduarda Shigematsu: Mãe presta depoimento à polícia e revela comportamento frio do pai

Publicado em 30 abr 2019, às 00h00.

Jéssica Pires, mãe de Eduarda Shigematsu, prestou depoimento nesta terça-feira (30) a Polícia Civil sobre o caso da morte da filha. Bastante emocionada, a mulher revelou como era a relação com a filha e também sobre o comportamento do pai, acusado de ocultação de cadáver e principal suspeito pela morte da criança.

Esta foi a primeira vez que a Jéssica falou após o crime, que foi revelado no último domingo (28).

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Mãe revela detalhes da relação com a filha

Eduarda Shigematsu foi dada como desaparecida no dia 24 de abril e encontrada morta, enterrada no quintal de uma casa da família, no último domingo (28). A mãe, que não morava com a criança, revelou que ficou sabendo do desaparecimento por meio da avó paterna, que era com quem a menina vivia. O pai, Ricardo Seidi, morava no mesmo terreno, porém, em uma casa separada.

Após a informação sobre o desaparecimento, Jéssica contou que a família se uniu para encontrar a menina. Até vizinhos chegaram a participar de ações na busca pela criança. Sem imaginar que o ex-marido pudesse fazer algo mal contra a própria filha, a mãe contou que achava que o rigor dele com Eduarda era por preocupação.

“Ela [Eduarda] falava que ele era bravo, que ele esperava ela chegar da escola no portão de casa, mas eu achava que era preocupação de pai. Eduarda dizia que ele era frio com ela, não dava carinho, mas eu não achava isso estranho, porque ele era frio no casamento também”, revela Jéssica.

A mãe também contou que durante a investigação chegou a conversar com Ricardo que ele seria o principal suspeito pelas provas encontradas. “Cheguei a falar que pela lógica ele era o suspeito, mas ele disse que se sentia culpado por não ter dado a atenção que a Eduarda precisava”, declara.

Delegado ouvirá mais depoimentos

Nos próximos dias, o delegado Bruno Rocha, deve ouvir outras pessoas como familiares da família, moradores próximos aos locais do crime e a avó paterna, que era com quem a menina morava e quem fez o Boletim de Ocorrência.

O pai da menina continua preso e deve ser ouvido novamente, agora como suspeito de homicídio qualificado.

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