Caso Eduarda Shigematsu: Procuradoria pede que avó vá a júri popular

Publicado em 8 out 2020, às 17h46. Atualizado às 17h48.

O caso Eduarda Shigematsu tem mais um capítulo em outubro. A Procuradoria Geral de Justiça entrou com um recurso junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que Terezinha de Jesus Guinaia, avó da menina encontrada morta em abril de 2019 em Rolândia, no Norte do Estado, vá a júri popular.

Em parecer, a Procuradoria diz que não há elementos para que ela responda por homicídio, mas que deve ser julgada por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

“O réu Ricardo, como a ré Terezinha tinham plena ciência da morte da criança quando registraram o Boletim de Ocorrência no 15º Batalhão da Polícia Militar, e passaram a influenciar as equipes policiais que tentavam localizar a criança desaparecida com informações inidôneas e omissão sobre a morte e ocultação da vítima”, destaca documento.

Eduarda Shigematsu Caso
(Foto: Montagem/RIC Mais)

O posicionamento é contrário ao juiz criminal de Rolândia, Alberto Ludovico, que apontou que a denúncia contra a avó é improcedente neste caso, determinando em agosto que ela deixasse de ser julgada no processo.

O Caso Eduarda Shigematsu

Eduarda Shigematsu, de apenas 11 anos, desapareceu em Rolândia no dia 24 de abril. Quatro dias depois, o seu corpo foi encontrado enterrado no quintal de um imóvel do pai, Ricardo Seide. A criança estava com as mãos e pés amarrados e a cabeça envolta em um saco plástico. Câmeras flagraram o pai permanecendo aproximadamente 20 minutos neste local no dia do desaparecimento da criança.

Seidi foi preso no mesmo dia que o corpo foi encontrado e confessou que ocultou o corpo da filha, mas negou que tenha assassinado a criança. Segundo sua versão, o desespero de encontrar a filha enforcada dentro de seu próprio quarto fez com que tomasse a decisão de ocultar o corpo.

“O pai, bastante frio, disse que no dia dos fatos estava na residência quando encontrou ela enforcada no quarto dela”, explicou, na época, o delegado Ricardo Jorge.

Caso Shigematsu Eduarda
(Foto: Montagem/RIC Mais)

No dia 29 de abril, os resultados de exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) apontaram que Eduarda morreu por esganadura. Já no dia 30 de abril, a avó de Eduarda Shigematsu foi presa após prestar depoimento. Tanto Terezinha como o filho Ricardo Seidi foram acusados, pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), no dia 25 de junho, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

No dia 27 de junho, a avó foi solta porque a Justiça declarou que como o inquérito da Polícia Civil já havia sido concluído, a ré não poderia atrapalhar as investigações, podendo responder em liberdade.

Em 7 de agosto, a Justiça determinou que o pai de Eduarda Shigematsu vá a júri popular.

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